quarta-feira, 12 de maio de 2010

O meu orgulho!

O programa de hoje profissão repórter apresentou o tema homoafetividade, meu ponto de vista: uma bela edição do programa, das entrevistas da escolha dos personagens, dos depoimentos dos pais, acho sim que é importante um programa relembrar a nossa sociedade que existe a homoafetividade e que SIM é FATO em nossa sociedade, que somos normais acima de qualquer preconceito, e eu tenho ORGULHO de ser o que sou, GAY.

Bom agora minha critica: Sabem aqueles comprimidos que são feito de farinha? Placebo, aqueles comprimidos que quem toma acha que fez efeito só pelo fato de estar tomando uma medicação, então... O programa foi efeito placebo, mera superficialidade, vimos o programa e achamos que o que vimos foi suficiente pra entender a homoafetividade e que toda a realidade é aquela, ENGANO no meu ver o programa precisa de audiência e nada melhor do que temas “polêmicos” pra tal, temas que estão em destaque, agora parem e pensem, será que aquilo é a realidade dos personagens homoafetivos? NÃO! Não todos os dias morrem gays e lésbicas decorrente de atrocidades homofóbicas e o que a segurança publica faz? E os pais que expulsam os filhos de casa? E os sujeitos que não se assumem por medo da sociedade e por medo da própria família? E os vários e vários homossexuais que são agredidos pelo simples fato de serem homossexuais? Pelo simples fato de A-M-A-R-E-M alguém do mesmo gênero, isso é aceitação? Isso é a diminuição do preconceito na nossa sociedade? Corrijam-me se eu estiver errado, mas NÃO, a nossa sociedade ainda continua nos castrando.

Porque será apenas sujeitos de classe media apareceram na reportagem? E a grande massa que vive nos subúrbios a realidade da realidade cadê? Agora volto um pouco, nosso Brasil deu um milhão e meio de reais pra concretude da homofobia, ainda estamos longe da nossa sociedade começar a TENTAR aceitar, na minha opinião não precisamos de aceitação porque não estamos fazendo nada de errado, o que QUEREMOS é RESPEITO, isso sim precisamos cobrar, respeito da população.

Eu acho que o programa conseguiu mostrar um ponto bem interessante, o sujeito que se aceita, que assume sua realidade e é feliz, e não importa vivermos em uma sociedade castradora e provinciana, o que importa é que somos felizes acima de tudo, somos felizes porque primeiro de tudo nos amamos a nos mesmos por ter coragem de expor uma posição contraria a massa, por não aceitar os sonhos impostos dos pais em nós, por amar anos mesmos em primeiro lugar e confiar que apesar de tudo somos seres humanos que amam e um dia todos vão entender que tudo isso é só uma velha forma de amar como outra qualquer.

Ana Carolina - Homens e Mulheres

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sexo ou Poder?


Lendo um texto hoje sobre homossexualidade na antiguidade me dei conta da relação de poder que existe desde há muito tempo. O homem ama ou exerce uma relação de poder sobre o outro(a)? Bem falando um pouco de Roma antiga: existiam relações homossexuais entre homens conhecida como pederastia, que o homem livre só podia se relacionar com outro homem – escravo ou jovem - se ele tivesse papel ativo, o outro no papel passivo só podia exercer essa função se fosse o escravo ou jovem (efebo na Grécia).

E ai entra toda uma questão de poder sobre o outro, de mostrar como o machismo é mais antigo que Jesus Cristo. Essa relação do homem com outro homem era vista por Platão como excesso e não com uma visão moralista da homossexualidade. Mas muitos de nós pensamos que na antiguidade o sexo era banalizado ou não existia uma moral que regesse o sexo, mas pelo contrario do que imaginamos existia sim, claro existia todo um contexto diferente sobre a sexualidade, ritos religiosos para deuses e deusas entre outras coisas, na questão da homossexualidade os antigos apenas tinham como excessos e não como “patológica” como veio a ser depois que a moral cristã surge.

Essa questão de relações sexuais e afetivas entre homens eram comuns para os homens livres, mas apenas comuns se exercessem um papel ativo, se um homem livre exercesse um papel passivo estaria entrando contra a moral da sociedade e ai caindo em grave erro e apenas o homem escravo, o jovem e a mulher exercem papel passivo, uma mulher homossexual exercendo papel ativo estria se igualando a um homem sendo uma abominação para tal. Ai encontramos um relação explicita de poder que o homem antigo exercia sobre os outros homens e mulheres seja qual for a classe social o que importava era ser o penetrador sem levar em conta o gênero da pessoa. As leis eram baseadas em proteger o jovem de investidas Ativas e não importava a homofília. Via-se a mulher como ser passivo em amplo sentido: sexual, político, social e legal. Um homem livre que se sujeitasse a passividade logo estaria entrando no universo feminino da passividade e perdendo sua masculinidade viril, ai nasce o machismo, o homem repressor do feminino, o homem repressor da liberdade, encontramos ai na antiguidade o homem cujo domínio o faz exemplar e de alta moral.

Então podemos ver essa relação de poder que o homem exerce sobre o sexo, sobre o a importância de manter um papel de penetrado no outro, de penetrador não só literalmente, mas nas questões de domínio do outro, do escravo de comando da posse do outro ser. Essa relação de controle sobre os seres passivos de si.

Outra questão interessante é a felação (sexo oral) que na antiguidade era tida como a pior das abominações, e era mais digno manter relações passivas do que praticar a felação. Com esses pequenos exemplos podemos ver que as relações com o sexo na antiguidade não eram banais, tinham sim suas estruturas morais.

A moral da antiguidade variava com os estatutos sociais, logo o homem era regido pela moral e as leis e a moral eram construídas do que se podia e não podia fazer no ato sexual, logo o sexo constrói a moral e a moral o homem, formando uma relação circular, entendendo assim o que constrói o homem é o sexo e a relação que ele exerce sobre o sexo.

Será que estamos muito longe das civilizações antigas? Será que nos somos ainda regidos pelo sexo? Afinal somos animais e como tal nos comportamos, e temos nossos instintos básicos: alimentar-se, saciar-se da cede e procriar-se. E procriar com o doce prazer do sexo, que hoje já passou não mais a ser uma função de procriação da espécie e sim uma forma saciar o desejo pelo prazer do ato, um dos três pilares das funções instintuais do homem, e seriamos ainda controlados por desejos instintuais?