quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Força

A força... Não venho hoje falar da força física, mas sim da força intangível, essa força que não sabemos de onde vem, uma força que nos faz levantar quando estamos cansados, quando tudo parece que vai dar errado ela nos impulsiona e dá novo animo, mas de onde ela vem? O que ela é?

Acredito que a construímos todos os dias, podemos não nos dar conta, mas no nosso dia a dia ela é construída com nossas amizades, com nossas atitudes diante as pessoas com quem convivemos. São esses anjos caídos que nos dão força de seguir em frente de viver as dificuldades, apenas uma palavra, apenas uma pequena atenção, é o que basta para florescer essa força de seguir adiante com animo, com vontade de viver mais um dia de luta!

São essas pequenas sementinhas que plantamos no dia a dia para que floresçam árvores com raízes profundas, que tempestade alguma conseguirá varrer-nos. Por isso devemos regar todos os dias nossas plantinhas, com amor, carinho, respeito e indulgência porque não são apenas eles que precisam dar força, nos também precisamos dar suporte, e é com essa troca mutua de força que adubamos nossas amizades dando força para nossas árvores.

Não procuraremos força nos outros, procuraremos força em nós mesmos, o que precisamos dos outros é apenas um impulso para nos dar conta de que essa força existe latente em nosso ser. TODOS nós temos essa força o que as pessoas fazem é apenas lembrar que ela está ali pronta para quando você precisar, apenas viva essa força dentro de si, essa vontade de viver e potencializa-a com teus amigos, porque eles são uma fonte inesgotável que te impulsiona a grande luta da vida.




"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento." (Clarice Lispector ).




Caetano Veloso – Força Estranha




Dedicado especialmente a minha grande amiga Lívia Graziela de Paiva

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O dia que a vida me deixa Louca!

É do gênero feminino LOUCA, por mais controlado que hoje esteja internamente o descontrole toma-me conta!

MPB, música popular brasileira, ontem fiz essa pergunta... Por que MPB se o povo não gosta?! Vejo muito poucas pessoas gostarem ou darem a chance de ouvir música nacional, geralmente toma-se conta o internacional ao “populacho”, não vou mentir também gosto de ouvir músicas “americanizadas”, mas se dêem a oportunidade de conhecer a cultura brasileira, MPB porque as letras tratam do cotidiano do nosso povo.

Em uma rápida pesquisa no Google li ícones da TV falando mal da MPB, e são ícones adolescentes que influenciam muito mais do que imaginam. Antes de dizerem que é ruim ouçam! A MPB era a forma de expressar o protesto do povo, e hoje ela está sendo deixada de lado.

Hoje estou me sentindo “a louca”, e essa música traduz muito bem isso... Maria Rita – muito pouco... Pra quem gosta vale a pena ouvir seus CDs são ótimos!

E viva a loucura, deixa a vida de cabeça para baixo...


Maria Rita – Muito Pouco



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pensamentos noturnos

Livre?! Não sei esses últimos dias estava eu pensando... O que é ser livre, se não viver livre dos enlaces sociais e morais (ambos estão atrelados fato), pois é eu penso que sou livre, vivo o que penso e penso o que vivo (não 100% mas tento ao menos, pois nem tudo que se deseja se alcança existem nesse meio termo as escolhas alheias, enfim) ser livre é viver sem estar entrelaçado, é ser o que tem vontade de ser, é ignorar a moral defasada da sociedade e ser feliz como se sente como se é em si. E no mesmo tema que vivo falando, “ser o que é”.

Eu penso hoje se estou com pessoas certas, pois vivo o que sou, ou ao menos tento ser o que sou ao máximo sem deixar que essa moral defasada me abafe os sentidos, ‘ser o que é’ é tão difícil tem de dar à cara a tapa tem de meter-se a lutar com tigres e leões vorazes de sentido social comum, e logo que a lebre escapa a esse sentido os felinos atacam. Enfim não sei se é o certo “os opostos se atraem” ou se é algo que foi implantado inerte por inúmeras gerações para fixar-se em nossas vidas habituais.

Vejo esse “os opostos se atraem” como um erro, pois os opostos se distraem ambos são o que são e não há como ir ao outro lado para entender o próximo, é algo meio loco de entender, mas se me faço entender, não sei se estou sendo livre comigo mesmo estando opostamente afeiçoado ao oposto. Pois como vou fazer-me entender com o que o oposto nem se quer compreende? E como eu compreenderei o oposto se eu completamente desvinculado ao ser em questão me vinculo a ele por comodismo de estar “vinculado”! E pra que? Não é o meio social que inflige isso a todos nós? Para não ficar sozinho ou sem companhia.

Bom a sociedade sempre cobra: está namorando? Ficando com alguém? Ah! Ta solteiro? Mas por quê?! Agora me digam estou sendo livre comigo mesmo tentando ser eu mesmo, mas mesmo assim com reflexos ou incisões do meio social? É meio difícil de entender, mas se o “ser livre” é isso, desprender-se dos enlaces da sociedade (moralmente falando, pois não existe viver fora da sociedade sem entrar em colapso) para ter uma mente individual - e digo individual porque temos uma mente coletiva com ações subconscientemente sociais se logo vivemos em sociedade viver no decorrer dela é fato que esses reflexos nos afetem - é mais difícil do que se imagina, ela e a todo o momento nos instigada a procurar o próximo.

A liberdade intelectual então não existe? Creio que em partes não... Por somos forçados com essas pequenas incisões, atingindo-nos, dificilmente escapamos sem levar um arranhão, mas com muito exercício e uma mente radicalmente idealista conseguirá “ser livre”, mas ao mesmo tempo em que tudo que digo “liberdade” não há como viver fora desse meio, é um paradoxo total um pouco quer se ver livre, queremos ser livres, mas crescemos nesse meio, com essas idéias e princípios que desligar de nós é como uma amputação, sempre sentimos o membro amputado. É parte de nós e logo não há como viver sem.

Em relação ao oposto, aqui entra não mais questões de intelectualidade ou mente isolada, mas sentimentos que gerenciam grande parte do que somos, e esses sentimentos regem grande parte do que somos então ai ser “livre” fica mais difícil por que sentimos uma, mas queremos outra idéia, vivemos uma e queremos outra, ai o oposto completa o que sentimos, agregando o sentimento a razão (ideais), compreendendo “os opostos se atraem”.

Enfim apenas uma pequena forma de TENTAR entender o que se sente e o que se vive, tentando expressar os desejos vomitados em idéias redigidas.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Quem sou eu?

É uma dessas perguntas que esquecemos de nos fazer. Quem sou eu? Quem é você? Ontem à noite antes de dormir a insônia me pegou de jeito, e comecei a me perguntar sobre quem sou eu... Bom não chegando a uma conclusão, mas a um ponto comum de idéia.

Quem sou eu se não um aglomerado do meio, uma grande forma que moldou todos os ingredientes do que vivo, sinto e participo. O que sou eu se não a música que ouço pela manhã, o livro que li ontem, dos amigos que tenho, as vontades da mãe que possuímos, um pedacinho (mas bem pequeno mesmo) do pai que tenho, uma parte “desencaixada” do irmão, dos princípios que adquiri, da moral que me passaram, da hereditariedade dos meus avós, um pedacinho de tudo isso, ainda mais, da sociedade que vivo e participo, das crenças que vivo, das conversas que tenho todos os dias, e de várias idéias que permanecem latentes, tudo isso de certa forma nos caracteriza.

Então tudo isso que citei é algumas das coisas que juntamos dentro de um liquidificador batemos, acrescentamos um pouco de sal, um pouco de açúcar, e esta lá o que somos, acredito que um terço disso tudo é o que somos propriamente ditos, mas o que nos torna tão ‘únicos’ é como vamos misturar e a quantidade do que vamos colocar uma comparação grosseira claro, mas como uma receita de bolo, é porque quem faz esse “bolo” ficar bom é VOCÊ e com tudo que vai dentro dele é VOCÊ que organiza o que vai a mais ou o que vai a menos. É isso que nos tornas diferentes, usando doses diferentes do que vivemos, absorvendo doses diferentes do que vivenciamos para nos tornar o que somos hoje e o que nos tornaremos daqui a alguns anos.

Nos vivemos tantas coisas todos os dias, estamos entre tantas relações diferentes durante o dia que não nos damos conta de tanta coisa que cai dentro desse “liquidificador” para fazer o grande bolo. Digo que não nos damos conta por que valores, morais que absorvermos para nós que nos deixam aprisionados e não nos deixam ser o que somos, faz nosso “bolo abatumar” ai ele fica ruim não fica como a gente quer. Só porque aprendemos a fazer um bolo ruim não precisa seguir a receita a risca, vamos fazer um bolo diferente, um bolo com o teu gosto! Por isso a importância de ler bons livros, de se questionar se o que vive é bom pra ti, se o que sente e expressa é realmente o que queria expressar quando sentiu, boa companhia, acreditar em algo acima de nós, enfim aprender a selecionar os nossos ingredientes e fazer uma receita “personalizada”.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

"O amor que não ousa dizer o seu nome"

È esse amor burro que não diz seu nome porque é burro! Quem ama ou gosta e não demonstra porque tem medo do que vão falar é um amor burro, acabei de ler um texto que se encaixou em minhas vivencias!

Diz um trecho “Eu te amo ou Eu me amo” para sair do armário existem essas duas formas ou se amando ou amando o próximo. Então se você vive no armário você é burro porque tem medo de assumir o que você é! Então você não se ama porque se você tem medo de viver o que deseja ou gosta você tem mais medo do que amor por si próprio, e medo do que? De uma sociedade hipócrita. Bom ai vai de cada um em se aceitar como é e deixa os velhos costumes conservadores pra traz.

É melhor ter amigos ou ter amor próprio? Sei lá pela criação ou cultura que recebemos é mais fácil ter amigos se bem visto socialmente do que ter amor próprio, do que gostar de si! Às vezes eu acho que só eu sou assim “anormal”. Claro que não sou só eu, mas ultimamente ando vendo muitas pessoas assim, reprimidas ou que se auto-reprimem, não se permitem viver a ‘coisa’ de dentro da gente, a coisa que chamamos de VIDA, de sentimento o sentir a vida com seus sofrimentos e amores, mas ai entra o medo ele é tão forte que impede tanto, mas tanto que EU acabo me irritando com o que vejo, com esses fatos com essas faltas de atitudes, com essas fugas do verdadeiro sentido de ser “eu mesmo”.

Estou sendo hoje um pouco agressivo, mas às vezes a agressividade tem explicações, quem sabe alguns bofetões fazem eu e você acordarmos para vida! E vive-la como deve, sendo o que se sente! Bom ,mas como costumo falar “cada um com suas coisinhas” sejam felizes ou “felizes” como quiserem só expus isso porque estou cansado de ver tanta burrice sem sentido.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Comentário do ontem

Há alguns dias recebi uma ligação de uma pessoa, uma pessoa que tem vontade de viver a vida sem se preocupar com o que a rodeia, simplesmente vive!

Li em um blog ontem, uma frase que dizia mais ou menos isso: “temos uma coisa dentro da gente, não sabemos o que é só é uma coisa que chamamos de vida”. Por que não vontade de viver, tanta gente que vejo hoje reprimida com um olhar como posso expressar, como se estivessem com um cabresto! Pois é, essa pessoa que eu falara, vive essa coisa dentro de si retirou seu “cabresto social”, e hoje vive o que é! Não é tão difícil quanto se imagina, apenas requer pratica, eu mesmo quando arranquei o meu foi difícil no começo de me nortear saber aonde ir, a gente vê tantas possibilidades, não só o mesmo caminho monótono e comum a todos.

Juntando esse ‘coiso’ e retirando o “cabresto social” à vida fica tão mais alegre você pode senti-la, claro sentimentos mais fortes vêem a tona, mas o que é viver se não é o sentir, o amar, o odiar, o ter saudades e o principal O SER VOCÊ COMO VOCÊ REALMENTE É! Ser o que se é em essência, ser o que é com suas vontades e seus riscos, retirando essa roupa de robôs programados para sentir, programados para serem pessoas que realmente não somos.

Tem uma pessoa que fiquei uma vez, e ele diz ser heterossexual, enfim não vou entrar no mérito da questão se é ou não, bom ele ficava comigo, digamos por curiosidade. Ai tem dois pontos bem legais, ele teve a coragem de ficar com outro cara (eu) claro que sem ninguém saber, pois o preconceito grita, e também o cara não se permitia gostar de alguém, era uma coisa mecânica ficava ou fica ainda não sei, com uma garota acho que para demonstrar a sociedade que é “o machão”, enfim não quero julgar ele, mas o fato interessante é que quando ficou comigo era nítido que estava gostando (até vi lagrimas disfarçadas) e assim mesmo não admitia que gostava, estava matando uma curiosidade banal como o próprio se referia. Eu espero que tenha aprendido a ser mais ‘sensível’ que tenha aprendido a sentir o seu “coiso” e a ver a vida mais claramente, acho que tais pessoas passam em nossas vidas para aprenderem um pouquinho como é boa a liberdade de si. Não falo isso com tom prepotente de querer mudar o modo de pensar dele ou de outros, mas por eu ser liberto, sem cabrestos cegando minha visão, digo certas pessoas passam em nossas vidas para aprenderem a enxergar como eu, ou como a pessoa do telefonema que citei no inicio do comentário, porque ambos nós vivemos nossa liberdade de SENTIR NOS MESMOS, SENTIR O QUE SOMOS E VIVEMOS. As vezes tais ‘sentires’ podem levar a Dor, mas afinal a Dor só nos mostra que estamos VIVOS!


sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Um mundo novo

Assisti um filme hoje, Wall-E falava sobre um robozinho que amava uma robozinha, bem lindinha a história, mas enfim não é esse o ponto... O filme retrata também a terra devastada por lixo deixando a vida impossível, onde o que restou da raça humana vai sobreviver no espaço, com todo comodismo da tecnologia, os personagem não sabiam caminhar! Gente um absurdo uma critica muito inteligente do povo americano todos os personagens obesos (se continuar da forma como está acredito que daqui a uns 50 anos esse desenho se torne realidade), e sedentários.

E ai fica a pergunta, será que vivemos ou sobrevivemos? Havia personagens que nunca tinham se tocado coisas rotineiras e cotidianas, até que ponto nós fazemos isso de ter o contato físico com outras pessoas, como um abraço, por exemplo? Hoje em dia vejo muito pouco isso, estamos nos tornando ‘maquininhas normais’ que apenas sobrevivem, tendo idéias “implantadas” em nossas cabeças.

O ser humano hoje é extremamente capitalista, sobrevive pro dinheiro, trabalha pra sobreviver, chega em casa e a comodidade de tudo controle remoto pra TUDO, cada vez tendo uma vida mais corrida, comendo comidas cada dia mais industrializadas e ingerindo MUITO MENOS alimentos ditos “orgânicos” enfim, onde iremos parar? O capitalismo gera consumismo, o consumismo gera dinheiro o dinheiro gera mais capitalismo e tudo isso o que sobra? LIXO muito LIXO, já pararam pra se perguntar pra onde tudo isso vai? Será que existe um pó de Pirlimpimpim que vai fazer tudo desaparecer?

Se continuarmos a agir da forma como estamos agindo nossa Terra morrerá e se igualará a Terra do personagem Wall-E.

Consciência! Precisamos de mais consciência e pensar mais por nos mesmos sem absorver idéias geradas pelo capitalismo pela televisão q move a grande massa, ditando suas regras estúpidas de consumismo e idealismo banal! Vamos pensar e agir com nossas cabeças e se preparar pra nova eram que vem chegando a era do pensamento coletivo, vamos nos importar mais com o planeta e menos com o que a fulana da novela vestiu hoje pra eu comprar amanhã.

Parem e pensem!

domingo, 4 de outubro de 2009

Libere seus Demônios



Estive off por um tempo, mas foi por motivos plausíveis. Esse final de semana eu tive a nítida idéia de que é necessário liberar alguns demônios dentro de nós, acabei magoando algumas pessoas que gosto, também sai magoado, mas foi preciso que houvesse “a libertação”.

Foi como se um exorcismo acontecesse, se realizou todo um ritual de alguns dias e no dia da “expulsão” o recipiente sai acabado e consequentemente algumas pessoas desgastadas com isso.

Passamos por tantas situações que aos poucos somam e em outras áreas de nossas vidas são afetadas, e foi que me ocorreu nesse ‘momento off’. Inevitavelmente respingou em outros, mas ainda é difícil conviver com situações alheias ao dito de uma vivencia ‘normal’ sem que ao menos alguns momentos nossa sanidade seja afetada.

Tenho idéia de que o anormal seja isso, esses pequenos momentos que perdemos nossas rédias e deixamos a cavalgada da nossa vida perder o rumo por alguns passos, creio que o ‘anormal’ seja nosso estado de ‘estar’ perdidos, enfim um ‘momento off’ infelizmente necessário para esclarecimento, mesmo que forçado mas preciso.