terça-feira, 3 de novembro de 2009

O que acha que eu sou?

Estava eu lendo uma reportagem sobre termos pejorativos aos homossexuais, nossa como o povo gosta de estigmatizar, e pra que? Pra esquecer seus próprios males e projetar no outro, com estigmas, males maiores de quem os proferem, sentindo-se aliviado.

É triste que as pessoas em forma geral não saibam lidar com elas mesmas, e precisam minorizar seus semelhantes para sentir-se melhores, ou para esquecerem dos próprios defeitos que guardam a 7 chaves em seu intimo. Talvez se aprendêssemos a lidar com nossos defeitos, bom primeiro teria de aceita-los ai já seria um grande passo para melhora cultural, mas talvez se soubéssemos a lidar com eles não projetaríamos nos outros o que acreditamos ser o mal maior do individuo. Você já parou pra pensar que quando chama alguém de “bicha” ou “bolacha” esta referindo o termo a pessoa com tom pejorativo e negativo, mas quanto à pessoa não sente que isso seja pra ela algo que a difame ou que a torne inferior, isso que você crê é apenas sua crença, para quem você inferiu o termo pejorativo não é nada mais que uma palavra, porque quem profere é que realmente esta doente, e precisa perceber que seus problemas, suas frustrações estão dentro de si e não o é defeito do outrem.

Uma coisa que a escola não ensina é a trabalharmos internamente, ou seja, com nós mesmos, com nossas frustrações, nossos defeitos, nossas qualidades (porque acredito também que não sabemos utiliza-las de forma adequada a nosso bom proveito), a escola não ensina essas coisas, temos de aprender com o tempo, com exemplos, COM A MENTE ABERTA AO NOVO!

E não venho falar aqui unicamente dos termos pejorativos homossexuais, termos que depreciam a mulher (vaca, puta, vadia...), se enquadram também no que quero expor aqui, e o homem? O homem fica esquecido, fica de fora, como o padrão perfeito de existência. A que ponto chegamos de machismo (um trecho da reportagem [o macho não passa incólume e recebe sua marca pejorativa sexual. Porém, apenas dois termos para rotulá-lo: “broxa” ou “corno”. No primeiro caso, o viagra resolve. E o chifre é culpa de quem mesmo? Se respondeu que é da “gaieira” da mulher dele, acertou]), então entendemos que o homem (hetero) é o padrão “normal” da existência e o resto ou o que não se adequou a ele é “anormal” errado e por isso não é digno de viver.

Alguns exemplos da nossa cultura ainda muito enraizadamente machista que cabe a todos nós dar exemplos de que não são termos ou expressões que nos tornaram mais ou menos cidadões que os outros. Uma palavra que vale para TODOS.

Respeite para ser respeitado!

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