segunda-feira, 29 de março de 2010

A Des-construção do Homem

O que é um homem? O que é uma mulher? Nascemos segundo Freud sem sexo, aprendemos a ser homem e mulher com a cultura, a criança menino cresce com um pênis e a menina cresce sem pênis, como se a mesma não tivesse identidade genital – ou identidade sexual – entrando a castração da mulher a que não possui o “precioso”.

A construção do homem se dá no contexto sócio-histórico em que ele vive, em dada época o homem é o que é, antigamente o homem era o provedor era o “chefe” do lar, hoje este homem precisa se desconstruiur para saber o que ele realmente é, esse homem busca sua identidade, onde a mulher sempre vivendo até dada época um apêndice do homem, ela sempre se questionou quem era do que era e por que era, hoje o homem vem precisar se desconstruir pra entender o que é, hoje ele não é mais o centro do comando hoje o homem é vem perdendo sua “hegemonia viril” precisando se perguntar quem é, sem ter uma identidade criada em si sem saber realmente quem é e isso tudo consequentemente trazendo conflitos e causando desgostos para certos homens. O homem é um mito em si, precisa sair de si mesmo para entender o que realmente é, o que realmente ele busca e está a ser, deixar de lado o estereotipo de sexo forte e entender que a sociedade não é masculina e sim uma sociedade HUMANA que é independente de gêneros de identificação genital.

Com a revolução feminina e sua independência buscando direitos equilitários e direitos sobre si, como aborto (embora eu ache errado), ao voto, a proteção a violência domestica, cuidados pré-natais entre outros, a mulher começou a conquistar seu espaço de DIREITO na sociedade no trabalho, mesmo sendo o trabalho de cuidadora como enfermeiras, alfaiates, sempre nessa posição ainda hoje isso existe mas o espaço conquistado é muito maior, devido a esse espaço que a mulher vem buscando o homem precisou rever o que ele é deixando essa casca de “machão” e tende de assumir também tarefas domesticas. Na constituição de 68 o homem era dado como o chefe de família e a mulher sua auxiliar, graças a Deus isso vem mudando e os estereotipo de domesticidade esta sendo deixado para traz, embora o homem ainda precise muito ser domesticado, e de fato o homem precisa ser domesticado e já esta sendo, a revolução feminina foi uma das mais importantes na história porque ela trouxe a revolução institucional do casamento, das relações homem heterossexual e mulher heterossexual trazendo uma nova estrutura familiar-social.

Antes a visão da mulher era de um ser reprimido e recatado, de um ser “preso em si” pela força do status “homem” agora vem a imagem da mulher poderosa. Vemos a imagem da cantora Madonna como um símbolo de mulher forte, liberta viva em si, fazendo com que as mulheres se liguem a esse símbolo buscando ser essa mulher viva em si. Essa nova Mulher desorienta o velho Homem e isso faz com que ele seja forçado a se desconstruir deixar velhos conceitos e construir em si algo novo e diferente, de se ver como um ser mais sensível maleável e não tão duro como antes, não tão inacessível. O homem vem hoje buscando o que é “ser homem” através de identificação feminina, no meu ponto de vista o homem precisa mais do que nunca se identificar com a mulher para entender o que se é hoje, tanto tempo sendo o centro das atenções sem se preocupar em perguntar o que era e hoje encontrasse perdido e si mesmo e em seus conceitos ultrapassados e antiquados.

O homem branco heterossexual visto como o ser superior é hoje a imagem do mal, o homem como centro do poder, o branco como o superior e o hetero como o sexo “normal”, hoje com os movimento políticos de defesa a descendência étnica, a defesa das escolhas de gêneros, vendo então esse homem como o ser mal e que de fato por muito tempo servil como mal, como ditador de regras, ditador de normas.

Com essa desconstrução social do homem ser o centro das atenções, apareceu a violência como uma forma de ser o “herói as avessas” o homem que bate e mostra todo seu poder diante a mulher ou ao próprio outro homem fraco, enfatizando sua “simiesca evolução” não deixando de estar muito longe dos seus parentes, afinal 98,4% do nosso DNA é parecido com o deles... Entrando em uma crise de identidade o homem se perde em si e não sabe mais o que é agora com a ascensão da mulher o homem “perde deu espaço de poder” na sociedade e entra em crise sem saber que posição tomar caindo em enfadonha característica violenta para auto-afirmação de si como “ser superior”, triste fim para aqueles que não sabem que somos IGUAIS e não é nossa genitália que nos fará diferentes ou superiores a outros, PURA IGNORÂNCIA.

O homem viveu e ainda vive um rotulo de “homem” e não é um homem de gênero genital, é um homem social que exige ser o melhor simplesmente por ter uma genitália diferente. O fato é que é difícil amputar velhos conceitos culturais e enxertar novos, mas como eu sempre costuma dizer com pequenas pessoas fazendo coisas pequenas conseguiremos mudar nosso mundo, enxertando novas visões que outrora eram destorcidas.

Nenhum comentário: