quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Amor Efêmero


Amor, ah palavra efêmera e tão cheia de significados,

Procuramos tanto por ti oh amor e ao encontrar te liquefaz em uma noite de suor,

E entre os dedos e os cabelos cheirando o ápice do prazer,

Tu acabas em fluidos extravasados

Em um momento que chamamos de Amor!

Que seja efêmero em tua forma, e cheio de significados como é teu sentimento.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Frustrações! Oh doce ópio...

Frustrações, sabemos lidar com elas? Falei antes nos desejos e em tudo o que ele nos prende. E as frustrações? A frâ veio me cobrando seus desejos expressos em comportamentos e quando tais comportamentos não são “comuns” como lidar?

Hora os desejos expressos em comportamentos devem ser expressos, ai estão os sujeitos da transgressão, e são esses sujeitos [ nós ] que vamos fazer alguma coisa mudar, fazer diferente, a frase do blog é “ porque normal é ser diferente”. Vamos ser diferentes frustrações virão sim com o choque de comportamentos, atitudes, coisas, falas, coisas, e coisas que os desejos suscitarão.

As frustrações também ocorrem das nossas escolhas, porque não podemos ter tudo e quando remete-se a escolhas também se há perdas, e as perdas as frustrações e porque não estamos contentes com o que temos, e sempre queremos mais? Aaah! Desejo insaciável ein! Então de novo ao desejo, sempre estamos desejamos mais e mais só que para se viver livre e aceitar os desejos nesse meio que vivemos temos de aprender a nos limitar, ou seja, não estamos livres do outro, mas podemos SIM estar livres de nós mesmos, quando aceitamos e deixamos livre esses desejo. Vivemos em uma sociedade que reprime coisas de uma forma diferente, mas ainda assim reprime, então frustrações para indivíduos que são livres dentro dos seus desejos é difícil de aceitar essas frustrações que o reprimem.

Enfim oh grande dilema, ser livre dentro dos próprios desejos e aprender a lidar com frustrações do mundo repressor, ou viver alienado dentro dos próprios desejos e permanecer igual à massa?

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Sei Lá

Lendo uns textos do Foucault me fez pensar em liberdade, controle e poder, poder de si, enfim nada que o texto em vários contextos não incitasse.

Desejo! Algo inerente a vontade do ser, controle, coisa construída socialmente dentro de si, controle do desejo: porque onde controle é construído socialmente o desejo é algo ruim de “libertar?” bom se eu controlo meu desejo logo sou dono de mim, pois tenho controle sobre meus desejos assim posso mais facilmente controlar o outro, mas eu não sou livre de mim mesmo, pois algo em mim (uma construção social e minha) não deixa eu ser do que naturalmente sou constituído, Desejos! onde são libertadores para uns e fonte de transgressão para outros.

A moral do homem, sempre feita dos homens e para os homens, falando não no sentido geral do termo HOMEM e sim no termo homem como gênero masculino, onde encontra-se o detentor do poder, de si e dos outros, e mais especificamente da mulher. O ‘ser’ homem é ser livre de tudo, onde nos seus desejos exprime sua total liberdade, onde só o homem tem “regalias” quanto a expressar sem pudor ou julgamentos esses desejos, a mulher sendo ser passivo torna-se transgressor no momento que adquire o papel masculino, do detentor do poder, a mulher no papel masculino assusta e intimida o homem. Essa moral de homens faz com que o homem não conheça a si mesmo, quero dizer, a mulher por estar presa dentro desse poder de repressão teve de reinventar seu viver dentro de uma moral masculina, ensinando e vivendo com seus filhos essa moral. Assim a mulher teve muito mais tempo para se auto-conhecer e aprender a lidar com seus desejos, onde o homem apenas expressou a mulher aprendeu a lidar e conhecer seus mecanismos aproveitando o máximo deles.

Bom, mas pra que liberdade? E por que repressão?

Acredito que buscamos a liberdade nos lugares errados, como foi dito, o próprio domino dos desejos de si, faz com que sejamos amarrados em nós mesmos, nessa constituição social e individual que somos para algo que deixamos de ser, nossos desejos, somos nós na mais simples forma, onde limitar nossos desejos para apenas controlar o outro, sendo o mais forte quem for mais auto-domiante e apenas para dominar o outro. Já pararam pra pensar o quanto isso é auto-destrutivo? E já se deram conta de quanto eu falo AUTO, de quanto o “eu mesmo comigo” faz coisas “inconscientes” conscientes de querer PODER! Nossa agora até imaginei Ritler com uma risada maligna! Fico por aqui sem uma conclusão, apenas devaneando sobre... e não podia deixar de compartilhar esse devaneio.

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Diversidade e Possibilidades!


Erep “o cosia linda” como diria o Ed, então... Esse tal Erep parece um mundo paralelo a realidade (e com certeza é!) vivi momentos singulares não só por conhecer pessoas inesquecíveis, mas por viver coisas que tenho certeza estão longe de serem vividas aqui no “mundo real”.

Viver quatro dias nesse mundo paralelo de afetos, em que as pessoas não se importam como você é, apenas você é!

As diferenças não importam mais, pois somos seres singulares, diversos.

Eu vi meninos ficando com meninos e nem uma reação de espanto.

Eu vi gente fumando maconha e nem uma reação de repressão.

Eu vi gente viajando e ninguém julgando seus comportamentos.

E é esse lugar que eu quero que o mundo se torne, onde as pessoas se respeitam pelas suas diferenças e não julguem seus comportamentos, que suas ações sejam sinceras sem uma falsa moral.

Eu quero esse lugar todos os dias da minha vida, e viver com pessoas que sejam sinceras sem suas mascaras cotidianas, e que o afeto seja simplesmente afeto!

domingo, 3 de outubro de 2010

O dia de ontem...


Pois é, hoje dia de eleições e aquela velha “obrigação”, vocês não acham que a nossa “democracia” não é democrática?

Não entendo o porquê dessa obrigação, democracia não é escolha? Não é decisão para o povo e pro povo? Enfim...

Se o conceito de democracia vem de lá longe da Grécia antiga da antiga cidade de Atenas, onde mulheres escravos não participavam, era o que ainda é hoje de outra forma claro, mas que ainda continua, quem predominava o homem, hoje com algumas diferenças, quem predomina são os detentores de poder aquisitivo.

Penso que seria muito mais democrático escolher quem realmente esta se importando com tudo isso, sem obrigação, e colocar alguém no poder que realmente o POVO escolha, alguém que realmente foi escolhido pela vontade e não pela obrigação.

Não são os “detentores de poder aquisitivo” que mandam? Então são eles que fazem a cabeça do povo, são eles que manipulam, são eles que fazem com que você escolha quem eles querem no poder.

Hoje dia de eleições votei em apenas um candidato a presidente, anulei meus votos, achando muito triste essa escolha, por não achar candidatos que me convenceram a acreditar neles, acho triste fazer isso, mas dentre essa indignação foi à única coisa que achei plausível por mais inconseqüente que seja.

Enfim espero que hoje o futuro do nosso país mude e acreditemos que um dia essa “democracia” seja realmente democrática, seja realmente escolhas possíveis de serem feitas sem opressão e com consciência.

E que a força maior que rege o universo nos ajude!

terça-feira, 20 de julho de 2010

Faça valer à pena


Hoje nessa noite fria de julho venho não criticar ou apontar coisas, hoje nessa noite fria de julho venho apenas fazer uma pequena reflexão de sobre como os momentos simples da vida são importantes.

Existem tantas e tantas mensagens de paz, mensagens de auto-estima, mensagens para refletimos sobre nós mesmos, que não tenho a pretensão de fazer valer esse escrito como tal, apenas uma sementinha que quero plantar aqui e se ficar pra uma pessoa já valeu a pena ter escrito, ter pensado nas pessoas que passam por aqui e lêem anonimamente ou não este blog, enfim...

Sempre ouço que os momentos simples são tão importantes, mas a gente passa tão desapercebido, são tão simples que não nós atentamos, durante essa semana tive exemplos de tais momentos, e o incrível foi que pude percebê-los! A se todos nós pudéssemos perceber esses momentos, a importância de um café a noite depois da faculdade, a importância de uma conversa na madrugada, o desabafo de uma noite fria de julho, ou a alegria de uma novidade que motiva viver.

Pra mim é difícil escrever sem criticar rsrsrsr, nossa sociedade capitalista exige tanto da gente, precisamos consumir, trabalhar para manter nosso poder aquisitivo, nossas mentes estão tão incrustadas em “sobreviver” nesse meio que paramos e nos perguntamos, como o tempo passa rápido! Rápido, é o tempo passa rápido se não pararmos pra perceber o quão bela é a vida, o quão importante são os momentos simples que vivemos, nessa correria para a ascensão profissional esquecemos de quem somos, ligamos a TV (costume acredito que de muita gente, na hora do almoço/janta) e vemos tantos crimes, violência em geral, tristezas e catástrofes, seria tão mais importante desligar a TV e conversar, aproveitar quem esta do seu lado hoje, e que amanhã poderá não estar mais, não quero ser fatídico, mas sim realista não sabemos quando iremos morrer, então porque não aproveitar todos os momentos?

Sem querer entrar em assunto religioso, mas Jesus não ensinou a lei do Amor? Por que é tão difícil praticarmos? Não o amor que pobre de nós entendemos, mas um amor além do humano, apenas amar, viver em paz com as pessoas, ando cansado de ver tantas brigas, desarmonias, gente falando de gente, essas cosias fúteis que existe por todo canto, vamos aproveitar os momentos simples que vivemos e esquecer parar de se preocupar com tanta coisas desnecessária, não sabemos quando iremos pro “outro lado” então vamos viver o hoje sem tanta ansiedade que é o mal do mundo hoje, peço pra vocês começarem a acordar pra uma nova realidade, a realidade DA SUA VIDA! Acordar para um novo fazer de suas vidas, se fulano falou mal de ti, esquece o que te acrescenta? Nada! Se brigou com alguém, perdoe a raiva vai acabar com você e não com outra pessoa, como canta a música “o ódio é o veneno que você toma querendo que o outro morra”, existem tantas coisas simples que passam desapercebido por nós, quão gostoso é receber um Bom Dia sincero! Quão bom é você passar por alguém sorrindo, quão bom é sentir esses pequenos momentos simples, são eles que vão construir sua historia, a cada dia que passa você constrói sua historia, e se cada dia que você estiver consciente do que está construindo quão melhor pessoa você será!

Como falei no inicio era apenas uma reflexão de uma noite fria de Julho, comece você também a perceber esses momentos, abrace uma pessoa quando tiver vontade, sorria apenas sorria quando reagirem de mau humor com você, apenas irradia alegria pras pessoas que ainda não vêem ela, elas só precisam de um sorriso sincero, e não se deixem contaminar pelas peripécias da vida, elas nos ensinam, e só você pode escolher como reagir a certos ensinamentos, aprenda com esses pequenos momentos, com a simplicidade que é a vida, com a simplicidade de uma planta.

Aproveite todos os momentos de sua vida! Dependerá de você fazer eles serem bons ou ruins, por mais difíceis que sejam será você quem vai determinar o grau de importância, quais são mais relevantes, os momentos BONS ou os ruins? Cabe a você fazer essa escolha!

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Morro e não vejo tudo!


Não faltava mais anda mesmo, HETEROFOBIA? Francamente os políticos do nosso pais precisam achar o que fazer, li um artigo do site MundoMais que fiquei atônito.

A reportagem trata de um deputado que propôs um projeto de lei contra a HeteroFobia, ta bom? Quer dizer, criminalizar a heterofobia, está claro que é uma ironia ao PCL 122/06 que criminaliza a Homofobia no pais. No artigo ele diz que “as maiorias também precisam de políticas publicas”, eu concordo as maiorias são quantitativamente menores não é? E as minorias são quantitativamente maiores, por que não políticas publicas pra esse publico de “grandes menores” que são tão necessitados sócio-culturalmente?

Aonde o nosso pais vai parar! Em plena ano de eleições estamos vivendo de pão e circo, a copa realizada na África onde existe milhões de famintos e milhões estão sendo gastos com Futebol! E por que se preocupar com a Homofobia no Brasil? Acho que é irrelevante a nos!

Onde está a ética dessa gente (nossa gente que aceita isso)? Que pais é esse o nosso que em um ano morre por volta de 182 homossexuais por crime de homofobia pelo simples fato de amarem um ser do mesmo gênero, do mesmo sexo, e dizem que as “pequenas maiorias” precisam de leis e políticas publicas para serem “Protegidas”? E nós? Que morremos aos montes quando estamos simplesmente tentando viver e ouvimos um “viadinho!” ou um “caminhoneira sapata” – nossa que absurdo o Word corrige o gênero feminino de caminhoneiro será que não existe mulheres que exerçam isso? O preconceito impregnado em TUDO – será que não temos nossos direitos como seres humanos? Estamos apenas tentando viver de forma comum, mas como tentar viver de forma comum se tem gente tentando criar leis tais de criminalização a Heterofobia?

Será que não vivemos o suficiente de estigmas por sermos “diferentes” da heteronormatividade? E ainda temos de presenciar mais isso? Realmente é um absurdo! Todos os dias vivemos a repressão de um sistema capitalista normatizador da heterossexualidade e agora isso, reclusão de três anos pra criminalização da heterofobia, quer dizer ser todos os dias chamado de “viadinho e sapatona” pode é aceito, mas qualquer comentário contra um heterossexual leva três anos de cadeia! Aonde está o BOM SENSO das pessoas?

Os homossexuais já são um grupo de “minorias políticas” agora com esse projeto de lei criminalizando a heterofobia (você já viu algum gay gritando ‘heterozinho, heterozinho’ na rua?) teremos de voltar aos tempos medievais e novamente aceitar a Heteronormatividade com seus padrõezinhos construídos em uma moral religiosa, de que o digno é procriar e ter uma família “normal”, e a gente que todos os dias é estigmatizado e sem voz política tem de aceitar de cabeça baixa? NÃO já está na hora de dar um BASTA a essa palhaçada toda!

Vamos aproveitar esse ano de eleições e tentar eleger os candidatos mais condizentes com os cargos, não um bando de bandidos, e se não encontrar votem NULO, melhor um voto NULO do que um voto pra quem vai fazer essa CAGADA que está fazendo hoje.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

O meu orgulho!

O programa de hoje profissão repórter apresentou o tema homoafetividade, meu ponto de vista: uma bela edição do programa, das entrevistas da escolha dos personagens, dos depoimentos dos pais, acho sim que é importante um programa relembrar a nossa sociedade que existe a homoafetividade e que SIM é FATO em nossa sociedade, que somos normais acima de qualquer preconceito, e eu tenho ORGULHO de ser o que sou, GAY.

Bom agora minha critica: Sabem aqueles comprimidos que são feito de farinha? Placebo, aqueles comprimidos que quem toma acha que fez efeito só pelo fato de estar tomando uma medicação, então... O programa foi efeito placebo, mera superficialidade, vimos o programa e achamos que o que vimos foi suficiente pra entender a homoafetividade e que toda a realidade é aquela, ENGANO no meu ver o programa precisa de audiência e nada melhor do que temas “polêmicos” pra tal, temas que estão em destaque, agora parem e pensem, será que aquilo é a realidade dos personagens homoafetivos? NÃO! Não todos os dias morrem gays e lésbicas decorrente de atrocidades homofóbicas e o que a segurança publica faz? E os pais que expulsam os filhos de casa? E os sujeitos que não se assumem por medo da sociedade e por medo da própria família? E os vários e vários homossexuais que são agredidos pelo simples fato de serem homossexuais? Pelo simples fato de A-M-A-R-E-M alguém do mesmo gênero, isso é aceitação? Isso é a diminuição do preconceito na nossa sociedade? Corrijam-me se eu estiver errado, mas NÃO, a nossa sociedade ainda continua nos castrando.

Porque será apenas sujeitos de classe media apareceram na reportagem? E a grande massa que vive nos subúrbios a realidade da realidade cadê? Agora volto um pouco, nosso Brasil deu um milhão e meio de reais pra concretude da homofobia, ainda estamos longe da nossa sociedade começar a TENTAR aceitar, na minha opinião não precisamos de aceitação porque não estamos fazendo nada de errado, o que QUEREMOS é RESPEITO, isso sim precisamos cobrar, respeito da população.

Eu acho que o programa conseguiu mostrar um ponto bem interessante, o sujeito que se aceita, que assume sua realidade e é feliz, e não importa vivermos em uma sociedade castradora e provinciana, o que importa é que somos felizes acima de tudo, somos felizes porque primeiro de tudo nos amamos a nos mesmos por ter coragem de expor uma posição contraria a massa, por não aceitar os sonhos impostos dos pais em nós, por amar anos mesmos em primeiro lugar e confiar que apesar de tudo somos seres humanos que amam e um dia todos vão entender que tudo isso é só uma velha forma de amar como outra qualquer.

Ana Carolina - Homens e Mulheres

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Sexo ou Poder?


Lendo um texto hoje sobre homossexualidade na antiguidade me dei conta da relação de poder que existe desde há muito tempo. O homem ama ou exerce uma relação de poder sobre o outro(a)? Bem falando um pouco de Roma antiga: existiam relações homossexuais entre homens conhecida como pederastia, que o homem livre só podia se relacionar com outro homem – escravo ou jovem - se ele tivesse papel ativo, o outro no papel passivo só podia exercer essa função se fosse o escravo ou jovem (efebo na Grécia).

E ai entra toda uma questão de poder sobre o outro, de mostrar como o machismo é mais antigo que Jesus Cristo. Essa relação do homem com outro homem era vista por Platão como excesso e não com uma visão moralista da homossexualidade. Mas muitos de nós pensamos que na antiguidade o sexo era banalizado ou não existia uma moral que regesse o sexo, mas pelo contrario do que imaginamos existia sim, claro existia todo um contexto diferente sobre a sexualidade, ritos religiosos para deuses e deusas entre outras coisas, na questão da homossexualidade os antigos apenas tinham como excessos e não como “patológica” como veio a ser depois que a moral cristã surge.

Essa questão de relações sexuais e afetivas entre homens eram comuns para os homens livres, mas apenas comuns se exercessem um papel ativo, se um homem livre exercesse um papel passivo estaria entrando contra a moral da sociedade e ai caindo em grave erro e apenas o homem escravo, o jovem e a mulher exercem papel passivo, uma mulher homossexual exercendo papel ativo estria se igualando a um homem sendo uma abominação para tal. Ai encontramos um relação explicita de poder que o homem antigo exercia sobre os outros homens e mulheres seja qual for a classe social o que importava era ser o penetrador sem levar em conta o gênero da pessoa. As leis eram baseadas em proteger o jovem de investidas Ativas e não importava a homofília. Via-se a mulher como ser passivo em amplo sentido: sexual, político, social e legal. Um homem livre que se sujeitasse a passividade logo estaria entrando no universo feminino da passividade e perdendo sua masculinidade viril, ai nasce o machismo, o homem repressor do feminino, o homem repressor da liberdade, encontramos ai na antiguidade o homem cujo domínio o faz exemplar e de alta moral.

Então podemos ver essa relação de poder que o homem exerce sobre o sexo, sobre o a importância de manter um papel de penetrado no outro, de penetrador não só literalmente, mas nas questões de domínio do outro, do escravo de comando da posse do outro ser. Essa relação de controle sobre os seres passivos de si.

Outra questão interessante é a felação (sexo oral) que na antiguidade era tida como a pior das abominações, e era mais digno manter relações passivas do que praticar a felação. Com esses pequenos exemplos podemos ver que as relações com o sexo na antiguidade não eram banais, tinham sim suas estruturas morais.

A moral da antiguidade variava com os estatutos sociais, logo o homem era regido pela moral e as leis e a moral eram construídas do que se podia e não podia fazer no ato sexual, logo o sexo constrói a moral e a moral o homem, formando uma relação circular, entendendo assim o que constrói o homem é o sexo e a relação que ele exerce sobre o sexo.

Será que estamos muito longe das civilizações antigas? Será que nos somos ainda regidos pelo sexo? Afinal somos animais e como tal nos comportamos, e temos nossos instintos básicos: alimentar-se, saciar-se da cede e procriar-se. E procriar com o doce prazer do sexo, que hoje já passou não mais a ser uma função de procriação da espécie e sim uma forma saciar o desejo pelo prazer do ato, um dos três pilares das funções instintuais do homem, e seriamos ainda controlados por desejos instintuais?

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Uma tarde para pensar...

Nos seres humanos estamos constantemente em mutação, isso por conta de processos biopsicossociais. A linguagem é o veiculo da nossa comunicação, sendo essa constante influenciadora em nossas vidas. O processo de comunicação transforma, dentro de um determinado contexto, o homem e o homem transforma esse processo de comunicação, dentro de suas subjetividades ele acaba por contribuir na constante modificação do processo comunicativo, ou seja, onde existem relações sociais existe comunicação, logo esse processo comunicativo é modificado pelos indivíduos que se encontram inserido.

A linguagem é um processo produtor de valores, valores esses que moldam o homem, que nos engessam o comportamento, esses valores constituem uma determinada linguagem de um determinado grupo social, valores necessários para uma boa convivência, mas que acabam restringindo o ser humano deixando-o com uma visão limita de mundo. Quando aprendemos a linguagem, aprendemo-la moldada nos âmbitos da sociedade em contexto, esses moldes determinam a visão, comportamento, e até a forma de vida do individuo desde o seu nascimento a sua velhice, fazendo com que o mesmo absorva a ideologia desse contexto, condicionando-o a determinado ponto de vista. Quando se encontram choques de idéias na família podemos entender que esse individuo tem uma visão “distorcida” da visão familiar/social do meio em que vive, a linguagem media esses valores ideológicos e quando o individuo tenta sair desses valores que o engessam bate de frente com os valores aprendidos, gerando um conflito interno e externo.

Bom ai entra a forma de poder que a palavra tem, quando impomos um significado único a palavra ela tem o poder de dominar o individuo, cito aqui o exemplo da homoafetividade, os valores gerados historicamente para tal fato determinam que indivíduos dessa “categoria” estão fora dos padrões de “normatividade” por N motivos. Quando um individuo entra em contato com sigo mesmo e descobre essa condição seus valores adquiridos socialmente são confrontados, gerando primeiramente conflitos internos com seus valores aprendidos pelo poder da palavra que estigmatiza tal fato, quanto pelo fortalecimento que a sociedade e o próprio individuo dão ao fato, após esse primeiro momento de confronto e desconstrução desses valores ele passa a mais um confronto: o social. Tentando agora modificar suas ações “instintuais” (de ser o que realmente é) para viver dentro dos valores que o aceitem, ou ainda confrontando a sociedade de uma forma a expor os seus novos valores, mostrando que por mais que sejam “novos valores” ainda sim são “normais” apenas são diferentes do contexto que ele vive, diferentes do que o grupo social admite. É nesse momento que entra a forma de poder da palavra para elucidar o seu novo discurso, de seus novos valores, como dito inicialmente fazendo com que o processo de comunicação faça os indivíduos mutáveis, sujeitos a todo momento a mutação de valores, conceitos, e formas de expressão da comunicação seja ela expressa em palavras, gestos ou formas de expressar o sentimento com relação ao outro individuo.

À medida que podemos comparar as representações de si podemos modificá-las, tendo primeiro o objeto em questão e depois o objeto a ser modificado. Com essas comparações podemos modificar as formas de comunicação, no decorrer que nossos comportamentos vão se modificando ao longo da história, tento alguns comportamentos como uma forma de releitura da expressão dessa comunicação. No exemplo citado: na Grécia antiga esse comportamento homossexual era aceitável em determinado contexto, hoje sabe-se que ainda estamos em processo de melhor conhecimento, modificando as expressões aceitas antigamente como distúrbios que ainda hoje são entendidas erroneamente como tal.

Nos comunicamos através da palavra, gestos e expressões todas essas filtradas pelos nossos valores, pelos valores que a sociedade em questão rege e admite como um normativo de vivencia. A comunicação traz constante mudança para o homem em sociedade modificando seus filtros modificamo-nos e modificamos a linguagem e suas varias formas de expressão de si e do mundo circundante.