segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pensamentos noturnos

Livre?! Não sei esses últimos dias estava eu pensando... O que é ser livre, se não viver livre dos enlaces sociais e morais (ambos estão atrelados fato), pois é eu penso que sou livre, vivo o que penso e penso o que vivo (não 100% mas tento ao menos, pois nem tudo que se deseja se alcança existem nesse meio termo as escolhas alheias, enfim) ser livre é viver sem estar entrelaçado, é ser o que tem vontade de ser, é ignorar a moral defasada da sociedade e ser feliz como se sente como se é em si. E no mesmo tema que vivo falando, “ser o que é”.

Eu penso hoje se estou com pessoas certas, pois vivo o que sou, ou ao menos tento ser o que sou ao máximo sem deixar que essa moral defasada me abafe os sentidos, ‘ser o que é’ é tão difícil tem de dar à cara a tapa tem de meter-se a lutar com tigres e leões vorazes de sentido social comum, e logo que a lebre escapa a esse sentido os felinos atacam. Enfim não sei se é o certo “os opostos se atraem” ou se é algo que foi implantado inerte por inúmeras gerações para fixar-se em nossas vidas habituais.

Vejo esse “os opostos se atraem” como um erro, pois os opostos se distraem ambos são o que são e não há como ir ao outro lado para entender o próximo, é algo meio loco de entender, mas se me faço entender, não sei se estou sendo livre comigo mesmo estando opostamente afeiçoado ao oposto. Pois como vou fazer-me entender com o que o oposto nem se quer compreende? E como eu compreenderei o oposto se eu completamente desvinculado ao ser em questão me vinculo a ele por comodismo de estar “vinculado”! E pra que? Não é o meio social que inflige isso a todos nós? Para não ficar sozinho ou sem companhia.

Bom a sociedade sempre cobra: está namorando? Ficando com alguém? Ah! Ta solteiro? Mas por quê?! Agora me digam estou sendo livre comigo mesmo tentando ser eu mesmo, mas mesmo assim com reflexos ou incisões do meio social? É meio difícil de entender, mas se o “ser livre” é isso, desprender-se dos enlaces da sociedade (moralmente falando, pois não existe viver fora da sociedade sem entrar em colapso) para ter uma mente individual - e digo individual porque temos uma mente coletiva com ações subconscientemente sociais se logo vivemos em sociedade viver no decorrer dela é fato que esses reflexos nos afetem - é mais difícil do que se imagina, ela e a todo o momento nos instigada a procurar o próximo.

A liberdade intelectual então não existe? Creio que em partes não... Por somos forçados com essas pequenas incisões, atingindo-nos, dificilmente escapamos sem levar um arranhão, mas com muito exercício e uma mente radicalmente idealista conseguirá “ser livre”, mas ao mesmo tempo em que tudo que digo “liberdade” não há como viver fora desse meio, é um paradoxo total um pouco quer se ver livre, queremos ser livres, mas crescemos nesse meio, com essas idéias e princípios que desligar de nós é como uma amputação, sempre sentimos o membro amputado. É parte de nós e logo não há como viver sem.

Em relação ao oposto, aqui entra não mais questões de intelectualidade ou mente isolada, mas sentimentos que gerenciam grande parte do que somos, e esses sentimentos regem grande parte do que somos então ai ser “livre” fica mais difícil por que sentimos uma, mas queremos outra idéia, vivemos uma e queremos outra, ai o oposto completa o que sentimos, agregando o sentimento a razão (ideais), compreendendo “os opostos se atraem”.

Enfim apenas uma pequena forma de TENTAR entender o que se sente e o que se vive, tentando expressar os desejos vomitados em idéias redigidas.

Nenhum comentário: