segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Permita-se não se reprima!

Sexta-feira eu assistia a um programa de TV que fazia transformações em pessoas ditas feias, tornando-as bonitas.

Bom a mulher era feia porque não fazia nada do que gostava, não fazia por quê? Para não desagradar a sociedade que vive, e ela? Não se permite agradar a si mesma?

Que padrão é essa que vivemos? Que ensina as avessas, eu não posso fazer o que gosto por que fulano vai achar feio, ou as pessoas em geral não vão gostar, vão achar feio, ridículo, absurdo ou patético.

“Um mal não é um mal para quem não o admite” (Elogio da loucura – Erasmo) FATO! Se você admitir a vergonha, os calunias, os pecados, tudo isso se torna parte de você, absorvendo isso deixando de viver, por que a sociedade não vai gostar, porque ela esta absorta de tudo isso, e só por esse fato caluniam, envergonham e o fazem ‘estar’ em pecado.

Uma coisa que aprendi cedo foi isso, não admitir o mal da sociedade, isso é um vírus tão poderoso que é difícil criar imunidade contra ele.

Eu por ser homoafetivo (que palavra bonita não sei se emprego-a certo, mas a intenção é a que vale não é? Trazer essa expressão a tona ao em vez de homossexual porque não é o que eu faço na cama que me diferencia é o que sinto por outro homem, são sentimentos não apenas uma questão sexual) , tive de aprender cedo a imunizar-me, que vida doente seria a de viver me reprimindo, sendo alguém que não sou, vivendo uma vida que não é minha, eu ao contrario da mulher da metamorfose (sim metamorfose por ela se transformar em outra pessoa tanto física como emocionalmente), decidi (e graças a Deus ela também) viver quem eu sou, sem admitir as doenças da sociedade, me permitir viver o que sou, amar um homem sendo um homem;

Isso mexeu tanto comigo que alguns meses depois estava completamente mudado, físico, mental e emocionalmente liberto! Aprendi a ver com outros olhos, a ouvir com outros ouvidos o mundo a minha volta, por que deixar de viver de se privar de coisas que o é essencialmente, deixar-se de lado para viver o que a sociedade hipócrita quer que seja um mero robô programado, feio, gelado e sem feições.

Foi literalmente um libertação, me tornei mais vivo, sai do estado “vegetativo” que me encontrava, deixando de viver a vida pra agradar a quem não me agradava, deixando de ser um robô (é difícil uma coisa bem difícil), estava impregnado das maldades do mundo, achando-me um monstro, um ‘anormal’ que não percebia ser o mais normal dos ‘anormais’ havendo tantos como eu, apenas era mais um diante a grande massa, mais um liberto! Fazendo toda a diferença da questão, libertar-se de SI MESMO, de idéias plantadas por uma sociedade virulenta!

Em suma é isso, vamos nos imunizar, nos permitir viver em saúde consigo mesmo, viver o que realmente gostamos, sem se importar com o que a sociedade hipócrita acredita ser certo, sem nos anularmos para agradar quem não nos agrada, vamos fazer a diferença e viver NOSSAS VIDAS, e não admitir essa educação poluída.

Nenhum comentário: