sábado, 26 de dezembro de 2009

O que é ser Homem?

Hoje tenho tantas coisas pra escrever aqui, de tanto tempo que vou ater-me a um único assunto... Ser gay e não perder sua condição de HOMEM! Li isso agora em um perfil que visitei e achei interessante falar sobre.

O que é ser um Homem? Pelo que vivi e aprendi até hoje, é ter um Ego imenso, é ser “machão” o que pega todas as menininhas, o provedor, claro o ego é também do tamanho da sua conta bancaria, que o cara perde totalmente o controle sobre sua masculinidade quando a mulher é a provedora, a que banca. É também ter um pinto grande, a sim claro como poderia esquecer que o ego do homem másculo é ter pau grande, e o coitadinho que tem pinto pequeno esforça-se para ser melhor em outros quesitos, e de fato o são, conheci muitos “pauzudos” horríveis de cama e de um ego insuportável, quanto a outra parte, esforçam-se para serem bons e são, e seu ego e agradavelmente suportável, não precisam tanto de auto-afirmação.

Então o que eu vinha a escrever sobre não perder a condição de homem, penso que um homossexual seja ele de qual gênero for, penso que não haveria necessidade de se caracterizar do gênero oposto, acho que um homem pode ser um homem e amar outro, assim como uma mulher, não quero criticar quem é diferente não longe de mim, apenas um ponto de vista que achei interessante e compartilho.

Vejo também por ser uma questão sociocultural, na cabeça do povo ta muito forte a idéia de que todo gay da o cu, mas o que disso importa? Não existe tantas mulheres que fazem sexo anal? E gays ñ são feito de sexo, a gente tem sentimentos por outras pessoas! Enfim essa coisa de que todo homem que da o cu é afeminado é lenda urbana, é um preconceito do povo em relação a homossexualidade, e também intromissão a vida intima alheia, porque o que eu ou o fulano faz entre 4 paredes só nós e mais ninguém tem que se importar.

Bom com muita mistura e um canto pra escrever saiu isso preciso ler mais pra colocar minha cabeça no lugar, tantos acontecimentos me deixaram perdido e minhas idéias que já eram vomitadas aqui estão bem mais confusas... Mas não querendo abandonar meu querido estou aqui com uma pequena idéiazinha da madrugada...

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Mudanças...

Pra começar bem a semana, trago hoje uma banda bem legal que a pouco ouvi, Nikitta não sei nada ainda sobre ela, mas é uma banda gaúcha e pelo que já ouvi é bem legal vale a pena da uma conferida, os clips animados e o som muito bom, com letras bem interessantes!
Então não fica parado ai e da um olhadinha...

Nikitta - Loiras


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Construção desajeitada

O sofrimento... Porque sofremos? Temos essa moral antiga, que absorvemos de nossos pais, da sociedade em que vivemos de tudo o que esta em nossa volta, e muito absorvemos da religião.

Essa “moral”, ou seja lá o que for, nos reprime os sentimentos de sermos o que somos, ela nos sufoca, nos tira o ser EU de verdade, ela nos padroniza como produção em série, se você não é igual você é descartado, ou não é aceito. E aprendemos a crescer em volta dessa sociedade para sermos aceitos, mas essa forma de ser aceito é seguir um padrão e mudar o que realmente somos, e ai entra o sofrer!

Sofremos, para sermos iguais, reprimindo o que somos dentro de nós deixando de lado nossa face ocultando-a com uma máscara. Sofremos mais ainda em tentar se desvencilhar dessa máscara que de tão aderida em nós, nos confunde em o que sou e o que ela é, passando a ser quase uma só, confundindo o que fomos realmente um dia. Sofremos em querer ser nós mesmos por não seguir esse padrão pré-determinado pela sociedade.

É um processo doloroso deixar essa máscara e dar à face nua a tapa, a dor é maior! E então por que ainda admitimos usar essa máscara?

Somos frágeis em si, e essas máscaras nos ajudam a esconder isso, crescemos em um mundo difícil e para sobreviver nele temos de ser fortes, uma tarefa que não é fácil, reprimir sentimentos que acreditamos, por ignorância, serem fracos e a cada vez que reprimimo-los, essas máscaras vão ficando mais coladas em nós, deixando o processo de “transformação de si mesmo” mais difícil, mais doloroso, mais sofrido.

Esse processo leva anos, eu mesmo estou passando por isso, de arrancar essa máscara tão dolorosamente anexada em mim, há alguns anos iniciei esse processo, por ser homossexual aprendi a lidar com isso, enterrar velhos costumes, velhas idéias de que o que eu sinto é errado ou feio, hoje eu digo a todos, que eu não amo a um gênero, eu amo uma pessoa, deixar esses velhos conceitos não é fácil é tarefa dura, deixar de viver a sua vida para os outros e viver ela para você mesmo!

É a tarefa mais difícil viver para si mesmo, e deixar de viver para os outros, algo que aprendemos desde que nascemos, hoje eu sei que quando amar alguém é aquele individuo que estou amando e não a um gênero, um substantivo homem/mulher e sim a uma pessoa, uma pessoa que sente como eu que acima de tudo Ama como eu.

Esse processo de resgatar o Eu do Mim é algo complicado, mexendo com todas as nossas forças, com todas as nossas idéias antiquadas, transformando-as e cada transformação é dolorosa, assim com a lagarta deixa de ser lagarta para se transformar em uma bela borboleta, é essa metamorfose doída que precisamos passar para fixar em nossas almas que é mais importante a transformação do que a inércia.

Esse sofrimento necessário ao nosso aprendizado como pessoa, como ser que vive para si e não para a moral que achamos ser a correta. Precisamos parar e pensar no que é bom para nos e o que não é bom para nos, e se essa moral esses costumes essa forma de viver é ruim temos de deixa-la de lado e começar a construir uma nova idéia do seu viver.

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Sobre as criancinhas escravizadas da China....

Hoje eu e um amigo presenciamos uma grande contradição! Que o natal está se tornando uma data meramente comercial todos sabemos, mas uma rede comercial dizer que o natal é paz, alegria, perdão com uma promoção para SI própria é muito pra nossa cabeça!

Será que as pessoas estão tão alienadas do real sentido da data?! Será que o capitalismo está tão enraizado que não conseguimos perceber a promoção absurda que presenciamos hoje?

Bom hoje foi comemorado o aniversário da cidade com um show e junto deste o início das festas de natal, ah claro não poderia esquecer de mencionar o comércio de produtos fúteis.

Vi o povo hoje como os macaquinhos, cegos, surdos e mudos! Por clamarem o nome da instituição comercial como se fosse um favor o que eles faziam: trazer um show nacional de graça para o povo assistir. Gente vão ter BOM senso! Como não conseguem relacionar o show com propaganda comercial ESTAMPADA NA CARA!

A indignação nos tomou está noite, entre meio empurrões, percebi que realmente não há educação do nosso povo, educação e higiene diga-se de passagem! Poucas pessoas aprenderam bons modos, de pedir licença, passavam como ogros ferozes, sem mencionar o odor característico, e como se fosse para chamar a atenção em meio ao número maior insistiam em querer te derrubar, falta MUITA educação para nossa gente!

Eu não quero dizer aqui que não precisamos mais assistir shows bancados por tais instituições, mas sim salientar o ‘abrir dos olhos’ para que possamos acordar e perceber que tais datas têm mais do que simples significados: dar e receber presentes, é muito mais que isso, é o verdadeiro sentimento de fraternidade que DEVEMOS resgatar novamente, e não apenas focar em dar e receber bens de consumo... ah e parar de gritar em coro o nome da instituição como se fosse salvadora da terra e acordar e perceber que o show foi pago com o seu dinheiro... o dinheiro que você comprou seus bens, sim foi com seu dinheiro que o show foi pago, consequentemente você!

Ajudando a escravizar mais criancinhas chinesas.

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Beleza?!

Onde está a beleza? Ou o que é a beleza? Você já não parou pra perceber que a beleza é algo relativo?

Quando vemos aquela pessoa tão linda, mas tão linda que pensamos “nossa eu não daria conta” ou” ele nunca olharia pra mim”... Pois eu digo OLHARIA SIM!

Estamos tão acostumados com o ‘mais fácil’ que sempre desistimos antes mesmo de ter tentado, ontem quando voltava pra casa à

noite tive uma

conversar, e hoje vi uma reportagem sobre beleza, um

assunto tão gostoso.

A beleza não está apenas em ser belo, mas também nas atitudes do individuo, o que faz as fantasias sexuais serem tão cobiçadas que não cargos de pessoas que são autoridades? Ou que tem autoconfiança e precisam ter

para atuarem em seus cargos (enfermeira, bombeiro, militares, médicos), enfim a meu ver o ser humano busca estabilidade em outro, mesmo sendo apenas algo passageiro, nós buscamos qualidades que no mundo de hoje está um pouco “desleixada”: a autoconfiança, a sinceridade e a firmeza de caráter.

O homem buscar suas qualidades esquecidas no parceiro tentando compensar as suas próprias negligenciadas, sem saber que ai está o seu maior erro, porque todos somos falhos! E o que é uma qualidade minha pode ser o defeito do outro, E o que é minha qualidade é apenas MINHA e NÃO pode aj

udar o outro como um pilar para seus sustentáculos. Vamos deixar de ser medrosos e nos sustentar com nossas próprias qualidades, temos beleza imensurável dentro de nós que apenas nós encontraremos, e jamais o outro conseguirá garimpar a não ser você mesmo.

A verdadeira beleza não esta no que você tem dentro do guarda-roupa, ou como está

seu cabelo, a verdadeira beleza está DENTRO DE VOCÊ e só você poderá fazer ela brilhar! Essa beleza só você poderá expor, de todas as pessoas que passam por nossas vidas nem uma delas conseguiram abrir essa porta, elas não tem esse poder, apenas você tem a chave, algumas baterão e você ouvira do outro lado, mas só você a abrirá!

Vamos esquecer essa beleza estereotipada e aprender com o EU que existe dentro d

e MIM, como diria Rita Lee em sua música “Eu e Mim”, tentar

compreender o eu dentro do mim que

fabricamos pra sociedade, tirar essas máscaras que criamos para sermos aceitos, por traz delas está nossa verdadeira bele

za, não a física a comum que vemos em rostos de revistas, mas uma beleza viva, uma beleza cativante, essa beleza real.

Rita Lee – Eu e Mim

No espelho não é eu, sou mim.
Não conheço mim, mas sei quem é eu, sei sim.
Eu é cara-metade, mim sou inteira.
Quando mim nasceu, eu chorou, chorou.
Eu e mim se dividem numa só certeza.
Alguém dentro de mim é mais eu do que eu mesma.

Eu amo mim
Mim ama eu
Quem dentro de mim é mais eu que eu mesma?

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Muito parece tão pouco!

Um tanto de tempo abandonei o blog... E hoje volto com muita coisa na cabeça e poucas palavras para expressa-lás!

Como as coisas simples da vida nos fazem bem e, no entanto não damos a devida atenção, nossa felicidade encontra-se nisso, na simplicidade!
Uma conversa no ônibus, uma caminhada à noite, uma conversa no celular, ou um guarda-roupas cheio sem espaço pra si mesmo!


Quando um guarda-roupas esvazia a gente sente a falta que faz o espaço que ocupa...
E quando a gente é maior do que se possa imaginar, ou se parece ser maior do que se possa ser, vê um pequeno que com medo da grandeza que se vê diante dos olhos...


Talvez eu seja a minha própria prisão eu a chave da liberdade encontra-se em meu estômago... Como faço para ter minha liberdade?
Talvez uma maçã seja apenas uma maçã, mas o significado dela depois de alguns anos passa a ser mais que uma simples maçã.


Algumas muitas coisas que não venho escrever por falta de motivação, e por falta de motivação aqui esta tudo e nada, são tantas coisas que perdem-se por devaneios e utopias que ficaram enroscadas, mas para não morrer aqui estamos... Tentando mais uma vez tentando...

Nelly Furtado – Try



Tudo que eu sei
É que nada é o que parece ser
Mas quanto mais eu cresço, menos eu sei
E eu tenho vivido tantas vidas
Porém nao sou velha
E quanto mais eu vejo, menos eu cresço
Quanto menos sementes eu tenho, mais eu planto

Então eu vejo você parado aí
Querendo mais de mim
E tudo o que eu posso fazer é me esforçar
Eu Tento

Eu queria nao ter visto toda a realidade
E todas as reais pessoas
Realmente não são nada reais
Quanto mais eu olho, mais eu o amo
Quanto mais eu choro, mais eu choro
Dando adeus ao estilo de vida
Que eu pensei ter desenhado para mim

Então eu vejo você parado aí
Querendo mais de mim
E tudo o que eu posso fazer é me esforçar
Entao eu vejo voce aí
Eu sou tudo o que eu sempre serei
Mas tudo o que eu posso fazer é me esforçar
Eu tento, tento, tento

Todos os momentos que já passaram
Eu tento voltar atrás e fazê-los durar
Todas as coisas que nós queremos pensar
Nós nunca seremos
Nos nunca seremos como maravilhosos
Isto é a vida
Isto é você, isso sou eu.

E nós somos, nós somos, nós somos, nós somos,
nós somos, nós somos. Livres no nosso amor.

Nós somos livres no nosso amor.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

O que acha que eu sou?

Estava eu lendo uma reportagem sobre termos pejorativos aos homossexuais, nossa como o povo gosta de estigmatizar, e pra que? Pra esquecer seus próprios males e projetar no outro, com estigmas, males maiores de quem os proferem, sentindo-se aliviado.

É triste que as pessoas em forma geral não saibam lidar com elas mesmas, e precisam minorizar seus semelhantes para sentir-se melhores, ou para esquecerem dos próprios defeitos que guardam a 7 chaves em seu intimo. Talvez se aprendêssemos a lidar com nossos defeitos, bom primeiro teria de aceita-los ai já seria um grande passo para melhora cultural, mas talvez se soubéssemos a lidar com eles não projetaríamos nos outros o que acreditamos ser o mal maior do individuo. Você já parou pra pensar que quando chama alguém de “bicha” ou “bolacha” esta referindo o termo a pessoa com tom pejorativo e negativo, mas quanto à pessoa não sente que isso seja pra ela algo que a difame ou que a torne inferior, isso que você crê é apenas sua crença, para quem você inferiu o termo pejorativo não é nada mais que uma palavra, porque quem profere é que realmente esta doente, e precisa perceber que seus problemas, suas frustrações estão dentro de si e não o é defeito do outrem.

Uma coisa que a escola não ensina é a trabalharmos internamente, ou seja, com nós mesmos, com nossas frustrações, nossos defeitos, nossas qualidades (porque acredito também que não sabemos utiliza-las de forma adequada a nosso bom proveito), a escola não ensina essas coisas, temos de aprender com o tempo, com exemplos, COM A MENTE ABERTA AO NOVO!

E não venho falar aqui unicamente dos termos pejorativos homossexuais, termos que depreciam a mulher (vaca, puta, vadia...), se enquadram também no que quero expor aqui, e o homem? O homem fica esquecido, fica de fora, como o padrão perfeito de existência. A que ponto chegamos de machismo (um trecho da reportagem [o macho não passa incólume e recebe sua marca pejorativa sexual. Porém, apenas dois termos para rotulá-lo: “broxa” ou “corno”. No primeiro caso, o viagra resolve. E o chifre é culpa de quem mesmo? Se respondeu que é da “gaieira” da mulher dele, acertou]), então entendemos que o homem (hetero) é o padrão “normal” da existência e o resto ou o que não se adequou a ele é “anormal” errado e por isso não é digno de viver.

Alguns exemplos da nossa cultura ainda muito enraizadamente machista que cabe a todos nós dar exemplos de que não são termos ou expressões que nos tornaram mais ou menos cidadões que os outros. Uma palavra que vale para TODOS.

Respeite para ser respeitado!

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Força

A força... Não venho hoje falar da força física, mas sim da força intangível, essa força que não sabemos de onde vem, uma força que nos faz levantar quando estamos cansados, quando tudo parece que vai dar errado ela nos impulsiona e dá novo animo, mas de onde ela vem? O que ela é?

Acredito que a construímos todos os dias, podemos não nos dar conta, mas no nosso dia a dia ela é construída com nossas amizades, com nossas atitudes diante as pessoas com quem convivemos. São esses anjos caídos que nos dão força de seguir em frente de viver as dificuldades, apenas uma palavra, apenas uma pequena atenção, é o que basta para florescer essa força de seguir adiante com animo, com vontade de viver mais um dia de luta!

São essas pequenas sementinhas que plantamos no dia a dia para que floresçam árvores com raízes profundas, que tempestade alguma conseguirá varrer-nos. Por isso devemos regar todos os dias nossas plantinhas, com amor, carinho, respeito e indulgência porque não são apenas eles que precisam dar força, nos também precisamos dar suporte, e é com essa troca mutua de força que adubamos nossas amizades dando força para nossas árvores.

Não procuraremos força nos outros, procuraremos força em nós mesmos, o que precisamos dos outros é apenas um impulso para nos dar conta de que essa força existe latente em nosso ser. TODOS nós temos essa força o que as pessoas fazem é apenas lembrar que ela está ali pronta para quando você precisar, apenas viva essa força dentro de si, essa vontade de viver e potencializa-a com teus amigos, porque eles são uma fonte inesgotável que te impulsiona a grande luta da vida.




"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei. Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento." (Clarice Lispector ).




Caetano Veloso – Força Estranha




Dedicado especialmente a minha grande amiga Lívia Graziela de Paiva

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

O dia que a vida me deixa Louca!

É do gênero feminino LOUCA, por mais controlado que hoje esteja internamente o descontrole toma-me conta!

MPB, música popular brasileira, ontem fiz essa pergunta... Por que MPB se o povo não gosta?! Vejo muito poucas pessoas gostarem ou darem a chance de ouvir música nacional, geralmente toma-se conta o internacional ao “populacho”, não vou mentir também gosto de ouvir músicas “americanizadas”, mas se dêem a oportunidade de conhecer a cultura brasileira, MPB porque as letras tratam do cotidiano do nosso povo.

Em uma rápida pesquisa no Google li ícones da TV falando mal da MPB, e são ícones adolescentes que influenciam muito mais do que imaginam. Antes de dizerem que é ruim ouçam! A MPB era a forma de expressar o protesto do povo, e hoje ela está sendo deixada de lado.

Hoje estou me sentindo “a louca”, e essa música traduz muito bem isso... Maria Rita – muito pouco... Pra quem gosta vale a pena ouvir seus CDs são ótimos!

E viva a loucura, deixa a vida de cabeça para baixo...


Maria Rita – Muito Pouco



segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pensamentos noturnos

Livre?! Não sei esses últimos dias estava eu pensando... O que é ser livre, se não viver livre dos enlaces sociais e morais (ambos estão atrelados fato), pois é eu penso que sou livre, vivo o que penso e penso o que vivo (não 100% mas tento ao menos, pois nem tudo que se deseja se alcança existem nesse meio termo as escolhas alheias, enfim) ser livre é viver sem estar entrelaçado, é ser o que tem vontade de ser, é ignorar a moral defasada da sociedade e ser feliz como se sente como se é em si. E no mesmo tema que vivo falando, “ser o que é”.

Eu penso hoje se estou com pessoas certas, pois vivo o que sou, ou ao menos tento ser o que sou ao máximo sem deixar que essa moral defasada me abafe os sentidos, ‘ser o que é’ é tão difícil tem de dar à cara a tapa tem de meter-se a lutar com tigres e leões vorazes de sentido social comum, e logo que a lebre escapa a esse sentido os felinos atacam. Enfim não sei se é o certo “os opostos se atraem” ou se é algo que foi implantado inerte por inúmeras gerações para fixar-se em nossas vidas habituais.

Vejo esse “os opostos se atraem” como um erro, pois os opostos se distraem ambos são o que são e não há como ir ao outro lado para entender o próximo, é algo meio loco de entender, mas se me faço entender, não sei se estou sendo livre comigo mesmo estando opostamente afeiçoado ao oposto. Pois como vou fazer-me entender com o que o oposto nem se quer compreende? E como eu compreenderei o oposto se eu completamente desvinculado ao ser em questão me vinculo a ele por comodismo de estar “vinculado”! E pra que? Não é o meio social que inflige isso a todos nós? Para não ficar sozinho ou sem companhia.

Bom a sociedade sempre cobra: está namorando? Ficando com alguém? Ah! Ta solteiro? Mas por quê?! Agora me digam estou sendo livre comigo mesmo tentando ser eu mesmo, mas mesmo assim com reflexos ou incisões do meio social? É meio difícil de entender, mas se o “ser livre” é isso, desprender-se dos enlaces da sociedade (moralmente falando, pois não existe viver fora da sociedade sem entrar em colapso) para ter uma mente individual - e digo individual porque temos uma mente coletiva com ações subconscientemente sociais se logo vivemos em sociedade viver no decorrer dela é fato que esses reflexos nos afetem - é mais difícil do que se imagina, ela e a todo o momento nos instigada a procurar o próximo.

A liberdade intelectual então não existe? Creio que em partes não... Por somos forçados com essas pequenas incisões, atingindo-nos, dificilmente escapamos sem levar um arranhão, mas com muito exercício e uma mente radicalmente idealista conseguirá “ser livre”, mas ao mesmo tempo em que tudo que digo “liberdade” não há como viver fora desse meio, é um paradoxo total um pouco quer se ver livre, queremos ser livres, mas crescemos nesse meio, com essas idéias e princípios que desligar de nós é como uma amputação, sempre sentimos o membro amputado. É parte de nós e logo não há como viver sem.

Em relação ao oposto, aqui entra não mais questões de intelectualidade ou mente isolada, mas sentimentos que gerenciam grande parte do que somos, e esses sentimentos regem grande parte do que somos então ai ser “livre” fica mais difícil por que sentimos uma, mas queremos outra idéia, vivemos uma e queremos outra, ai o oposto completa o que sentimos, agregando o sentimento a razão (ideais), compreendendo “os opostos se atraem”.

Enfim apenas uma pequena forma de TENTAR entender o que se sente e o que se vive, tentando expressar os desejos vomitados em idéias redigidas.