segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Liberte-se, Permita-se!

Há alguns dias me senti um ‘anormal’, bom sempre julguei – me um bom filho, sempre aviso onde estou, aonde vou, sabe aquelas coisas de filho, então que tem a confiança dos pais, pois é me julgava assim (não é que não seja, mas um fato me incomodou) até esses dias.

Por que na maioria os pais dos homossexuais, tratam o fato com uma doença, bom não queria usar esse termo “doença”, mas faltam-me palavras. Tratam como a pior coisa que podia ter acontecido. Pois bem esses dias em uma conversa, senti como se fosse um drogado ou um “filho irresponsável” ou qualquer coisa que passe pela cabeça de vocês, eu seria melhor, pois é o fato de ser homossexual me faz ser mais ‘errado’ do que de fato sou.

É que os pais em geral acham melhor ter um filho todo errado do que ter um filho gay, até que limite vai o orgulho e o amor? As pessoas ainda preocupam-se muito, se seu filho “dá o rabo” (com o perdão da expressão) ou se estão por ai se drogando. Não é absurdo? Por que importar-se tanto no que duas pessoas fazem entre quatro paredes? Todo mundo transa, agora por serem do mesmo gênero somos descriminados! Enfim, eu acho essa idéia absurda e ridícula, pra não dizer medíocre quem a segue.

Um tio meu disse uma vez que preferiria ter um filho drogado ao ter um filho gay, nossa bela família que estou, se o pobre soubesse!

Então se uma pessoa tem um pensamento semelhante, e no futuro seu filho (a) for manifestar sua possível homossexualidade, o quão frustrante não seria (e cômico), por que não aprendemos a lidar com essas diferenças, que no fundo não são tão diferentes assim, apenas damos (ou melhor, dão) importância a algo tão comum e corriqueiro que vem de séculos atrás. Volto eu na mesma tecla, de que são todos reprimidos sexualmente, eu ainda penso que quem não aceita é muito reprimido, não que tenham culpa em partes, mas por que não sabem lidar com isso, e afinal tudo o que o ser humano não sabe lidar ele da como ‘sobrenatural’, ‘esquisito’ ou como alguns dizem ‘monstruoso’.

Já citei isso, e cito novamente “um mal só é um mal, se você o admite” então porque admitir algo natural como um mal? Não é mais fácil viver a vida sem se importar com essas coisinhas insignificantes? Se você vier me diz: mas meu filho é homossexual, e você acha isso insignificante? Eu responderei: é, acho que ai você está dando muita importância pra o julgamento da sociedade que não paga suas contas, ou então recorra à sociedade quando lhe faltar comida! E você verá como ela é ingrata.

Pais! Homossexualidade é normal, deixem seus filhos serem felizes, não os reprimam deixando de viverem suas vidas. Não obrigue viver uma vida que não o é, isso tudo não é um mal não é pior que drogas, por favor, dêem mais amor aos seus filhos ao em vez de socá-los com o orgulho seco. A única coisa que precisamos é apoio, pois já é difícil pra auto-aceitação, e isso tudo fica mais difícil ainda quando a família reprime e discrimina, doem um pouquinho do amor que sentem ao em vez da enxurrada de orgulho. Facilitará muito mais a vida de quem esta passando por uma metamorfose.

Acreditem a nossa história cultural nos fez pensar que tudo isso é feio, errado e sujo (claro a igreja têm seus dedos nisso), mas não é nada de novo, de complicado, liberte sua mente das teias moralistas da sociedade e seja feliz, permita-se!

Aqui vai um link interessante Não homofobia

Um comentário:

Grazi disse...

Eu vou sempre lutar contra todo e qualquer tipo de preconceito, a sociedade individualista e machista em que vivemos precisa de pessoas diferentes como nós... porque nós fazemos a diferença... e porque é normal ser diferente (HAHA) te amo marido!!