quinta-feira, 22 de abril de 2010

Uma tarde para pensar...

Nos seres humanos estamos constantemente em mutação, isso por conta de processos biopsicossociais. A linguagem é o veiculo da nossa comunicação, sendo essa constante influenciadora em nossas vidas. O processo de comunicação transforma, dentro de um determinado contexto, o homem e o homem transforma esse processo de comunicação, dentro de suas subjetividades ele acaba por contribuir na constante modificação do processo comunicativo, ou seja, onde existem relações sociais existe comunicação, logo esse processo comunicativo é modificado pelos indivíduos que se encontram inserido.

A linguagem é um processo produtor de valores, valores esses que moldam o homem, que nos engessam o comportamento, esses valores constituem uma determinada linguagem de um determinado grupo social, valores necessários para uma boa convivência, mas que acabam restringindo o ser humano deixando-o com uma visão limita de mundo. Quando aprendemos a linguagem, aprendemo-la moldada nos âmbitos da sociedade em contexto, esses moldes determinam a visão, comportamento, e até a forma de vida do individuo desde o seu nascimento a sua velhice, fazendo com que o mesmo absorva a ideologia desse contexto, condicionando-o a determinado ponto de vista. Quando se encontram choques de idéias na família podemos entender que esse individuo tem uma visão “distorcida” da visão familiar/social do meio em que vive, a linguagem media esses valores ideológicos e quando o individuo tenta sair desses valores que o engessam bate de frente com os valores aprendidos, gerando um conflito interno e externo.

Bom ai entra a forma de poder que a palavra tem, quando impomos um significado único a palavra ela tem o poder de dominar o individuo, cito aqui o exemplo da homoafetividade, os valores gerados historicamente para tal fato determinam que indivíduos dessa “categoria” estão fora dos padrões de “normatividade” por N motivos. Quando um individuo entra em contato com sigo mesmo e descobre essa condição seus valores adquiridos socialmente são confrontados, gerando primeiramente conflitos internos com seus valores aprendidos pelo poder da palavra que estigmatiza tal fato, quanto pelo fortalecimento que a sociedade e o próprio individuo dão ao fato, após esse primeiro momento de confronto e desconstrução desses valores ele passa a mais um confronto: o social. Tentando agora modificar suas ações “instintuais” (de ser o que realmente é) para viver dentro dos valores que o aceitem, ou ainda confrontando a sociedade de uma forma a expor os seus novos valores, mostrando que por mais que sejam “novos valores” ainda sim são “normais” apenas são diferentes do contexto que ele vive, diferentes do que o grupo social admite. É nesse momento que entra a forma de poder da palavra para elucidar o seu novo discurso, de seus novos valores, como dito inicialmente fazendo com que o processo de comunicação faça os indivíduos mutáveis, sujeitos a todo momento a mutação de valores, conceitos, e formas de expressão da comunicação seja ela expressa em palavras, gestos ou formas de expressar o sentimento com relação ao outro individuo.

À medida que podemos comparar as representações de si podemos modificá-las, tendo primeiro o objeto em questão e depois o objeto a ser modificado. Com essas comparações podemos modificar as formas de comunicação, no decorrer que nossos comportamentos vão se modificando ao longo da história, tento alguns comportamentos como uma forma de releitura da expressão dessa comunicação. No exemplo citado: na Grécia antiga esse comportamento homossexual era aceitável em determinado contexto, hoje sabe-se que ainda estamos em processo de melhor conhecimento, modificando as expressões aceitas antigamente como distúrbios que ainda hoje são entendidas erroneamente como tal.

Nos comunicamos através da palavra, gestos e expressões todas essas filtradas pelos nossos valores, pelos valores que a sociedade em questão rege e admite como um normativo de vivencia. A comunicação traz constante mudança para o homem em sociedade modificando seus filtros modificamo-nos e modificamos a linguagem e suas varias formas de expressão de si e do mundo circundante.

segunda-feira, 29 de março de 2010

A Des-construção do Homem

O que é um homem? O que é uma mulher? Nascemos segundo Freud sem sexo, aprendemos a ser homem e mulher com a cultura, a criança menino cresce com um pênis e a menina cresce sem pênis, como se a mesma não tivesse identidade genital – ou identidade sexual – entrando a castração da mulher a que não possui o “precioso”.

A construção do homem se dá no contexto sócio-histórico em que ele vive, em dada época o homem é o que é, antigamente o homem era o provedor era o “chefe” do lar, hoje este homem precisa se desconstruiur para saber o que ele realmente é, esse homem busca sua identidade, onde a mulher sempre vivendo até dada época um apêndice do homem, ela sempre se questionou quem era do que era e por que era, hoje o homem vem precisar se desconstruir pra entender o que é, hoje ele não é mais o centro do comando hoje o homem é vem perdendo sua “hegemonia viril” precisando se perguntar quem é, sem ter uma identidade criada em si sem saber realmente quem é e isso tudo consequentemente trazendo conflitos e causando desgostos para certos homens. O homem é um mito em si, precisa sair de si mesmo para entender o que realmente é, o que realmente ele busca e está a ser, deixar de lado o estereotipo de sexo forte e entender que a sociedade não é masculina e sim uma sociedade HUMANA que é independente de gêneros de identificação genital.

Com a revolução feminina e sua independência buscando direitos equilitários e direitos sobre si, como aborto (embora eu ache errado), ao voto, a proteção a violência domestica, cuidados pré-natais entre outros, a mulher começou a conquistar seu espaço de DIREITO na sociedade no trabalho, mesmo sendo o trabalho de cuidadora como enfermeiras, alfaiates, sempre nessa posição ainda hoje isso existe mas o espaço conquistado é muito maior, devido a esse espaço que a mulher vem buscando o homem precisou rever o que ele é deixando essa casca de “machão” e tende de assumir também tarefas domesticas. Na constituição de 68 o homem era dado como o chefe de família e a mulher sua auxiliar, graças a Deus isso vem mudando e os estereotipo de domesticidade esta sendo deixado para traz, embora o homem ainda precise muito ser domesticado, e de fato o homem precisa ser domesticado e já esta sendo, a revolução feminina foi uma das mais importantes na história porque ela trouxe a revolução institucional do casamento, das relações homem heterossexual e mulher heterossexual trazendo uma nova estrutura familiar-social.

Antes a visão da mulher era de um ser reprimido e recatado, de um ser “preso em si” pela força do status “homem” agora vem a imagem da mulher poderosa. Vemos a imagem da cantora Madonna como um símbolo de mulher forte, liberta viva em si, fazendo com que as mulheres se liguem a esse símbolo buscando ser essa mulher viva em si. Essa nova Mulher desorienta o velho Homem e isso faz com que ele seja forçado a se desconstruir deixar velhos conceitos e construir em si algo novo e diferente, de se ver como um ser mais sensível maleável e não tão duro como antes, não tão inacessível. O homem vem hoje buscando o que é “ser homem” através de identificação feminina, no meu ponto de vista o homem precisa mais do que nunca se identificar com a mulher para entender o que se é hoje, tanto tempo sendo o centro das atenções sem se preocupar em perguntar o que era e hoje encontrasse perdido e si mesmo e em seus conceitos ultrapassados e antiquados.

O homem branco heterossexual visto como o ser superior é hoje a imagem do mal, o homem como centro do poder, o branco como o superior e o hetero como o sexo “normal”, hoje com os movimento políticos de defesa a descendência étnica, a defesa das escolhas de gêneros, vendo então esse homem como o ser mal e que de fato por muito tempo servil como mal, como ditador de regras, ditador de normas.

Com essa desconstrução social do homem ser o centro das atenções, apareceu a violência como uma forma de ser o “herói as avessas” o homem que bate e mostra todo seu poder diante a mulher ou ao próprio outro homem fraco, enfatizando sua “simiesca evolução” não deixando de estar muito longe dos seus parentes, afinal 98,4% do nosso DNA é parecido com o deles... Entrando em uma crise de identidade o homem se perde em si e não sabe mais o que é agora com a ascensão da mulher o homem “perde deu espaço de poder” na sociedade e entra em crise sem saber que posição tomar caindo em enfadonha característica violenta para auto-afirmação de si como “ser superior”, triste fim para aqueles que não sabem que somos IGUAIS e não é nossa genitália que nos fará diferentes ou superiores a outros, PURA IGNORÂNCIA.

O homem viveu e ainda vive um rotulo de “homem” e não é um homem de gênero genital, é um homem social que exige ser o melhor simplesmente por ter uma genitália diferente. O fato é que é difícil amputar velhos conceitos culturais e enxertar novos, mas como eu sempre costuma dizer com pequenas pessoas fazendo coisas pequenas conseguiremos mudar nosso mundo, enxertando novas visões que outrora eram destorcidas.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Instinto ou Hipocrisia?

Hipocrisia! Acabei de ler uma reportagem sobre um vigário que matinha relações homossexuais com dois rapazes, acho que sabem de quem falo veiculou a noticia por vários meios de comunicação inclusivo em canais abertos, AQUI está o link de um site com a respectiva reportagem.

Bom não vou ser ignorante ao ponto de generalizar a igreja católica, mas para o senhor Bento XVI escrever um comunicado pedindo desculpas para o povo irlandês por ter muitos casos de pedofilia é que a coisa lá não está muito boa... Enfim o caso é, porque tantos padres - enfatizo muitos padres – vêem apresentar essas “características”? O que levam eles a procurarem o sexo?

Eu digo o instinto natural, não entendo o porquê de a igreja criar esse voto de castidade como se sexo fosse do diabo algo profano, sexo é algo da natureza humana (e abro esse parêntese porque somos HUMANOS e somos seres NATURAIS não somos superiores a nada nem a flora e nem a fauna, somos seres componentes da natureza e nos sentimos prepotentes em ser superiores, e não o somos, está ai o que nos iguala, temos instintos e digo aqui o instinto sexual), o ser humano vive da razão mas também tem sua parcela de instinto se logo somos seres naturais porque nos diferenciarmos a impor essas normatização sexual. Se o padre que ser homossexual que seja, ele ainda continua a ser padre e a pregar o bem ( se não fosse ai o erro de pregar a “moral e os bons costumes” impreguinando uma moral hipócrita), mas ao contrario, vivem as escuras e sendo hipócritas e covardes não tem a coragem de assumir o que são e desistir de suas batinas para viverem o que realmente são. Enganam a sociedade com seus sermões de moral e eles praticam na cara de pau o oposto de suas pregações.

As beatas de plantão fiquem atentas! Por que quem vocês mais veneram na terra são quem fazem mais do que vocês imaginam, a carne é fraca senhoras, e os instintos gritam alto, afinal somos seres humanos e ninguém agüentaria viver sem sexo por uma vida inteira. Por mais que nunca experimente o ser humano tem o instinto e é algo indiferente de opção sexual, seja homo ou hetero, não importa sempre será alguma vez na vida atraído sexualmente por alguém, e ai esta a hipocrisia de pregarem a castidade a moral e estarem “caídos à tentação da carne” que é algo NATURALMENTE COMPREENSÍVEL, somos feitos parte por instintos e se você não da conta de controlá-lo então o liberte e viva o que você é! Seja heterossexual ou homossexual, mas não seja hipócrita em pregar a mintira!

Por que essa imposição veemente de vetar aos padres a vida sexual, não é o que eles fazem na cama que irá mudar os seus conceitos, vivemos em uma cultura fortemente enraizada no medo de mudar, no medo de viver a sexualidade de viver suas vontades, uma cultura enraizada no comodismo dos antigos valores, não raro fechamos os olhos para não lidar com essas situações que estão em toda parte. Quem nunca ouviu um comentário de que algum padre saiu com alguém? Que atire a primeira pedra... São seres humanos e não estão isento de viverem suas vidas sexuais, pelo contrario é algo sadio do ser viver sua sexualidade.

Não venho com este defender o caso citado acima, mas sim tentar mostrar que padres são seres humanos e não estão acima de ninguém, apenas um conceito antigo de sacerdotes serem “puros” (diga-se de passagem os mais impuros são eles). O caso acima é singular, primeiro os meninos eram menores quando o caso começou, depois o senhor precisa ser julgado pelas leis cabíveis, precisamos rever esses conceitos do sacerdócio e se a voz de Deus é a voz do povo, quem primeiro precisa entender e querer que isso mude é o povo, para ai sim começar a mudança de homens que instruem homens com confiança e VERDADE.

Esperamos que as instituições de poder julguem a contento o senhor mencionado e que a justiça seja claro. O que proponho aqui é uma visão diferenciada do que é ser um sacerdote um homem que orienta homens que ele viva a vida que ele possui e não se prive de certos elementos dela, mas que seja verdadeiro, sim uma utopia esse texto, mas uma frase que jamais esquecerei que um amigo mencionou: Pequenas pessoas fazem coisas pequenas, que mudam o mundo... Então começando com essas coisas pequenas tento mostrar meu ponto de vista que penso eu ser interessante à mudança, a mudança para uma sociedade diferente da de hoje.

Apenas um Imenso devaneio sobre o que penso sobre o respectivo assunto.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Afete-se


Tudo que está ao nosso redor nos afeta e nós afetamos tudo o que está ao nosso redor, experênciamos o mundo através do nosso corpo, experiências físicas que transmitem e expressam nossas afetações. Nosso espaço reflete o que somos e como somos agimos e pensamos, nós mudamos de acordo com o nosso espaço afetado, como somos atingidos por certas afetações.

Nossos sentidos as janelas da expressão, precisamos descontruir o nosso modo de sentir o mundo, desconstruir o que vemos, ouvimos, etc. Desconstruir para construir um novo Eu, um eu que sente o mundo diferente. Nossa vida precisa de limites, esses limites nos moldam de acordo com a sociedade que estamos inseridos, precisamos aprender a sentir o mundo diferente para moldar nossa vida diferente, descontruir ela começar a molda-la em nós como algo diferente.

Ao perdermos a nossa forma damos vazão a uma nova construção do Eu, construir esse eu novo de formas psicodélicas sem as molduras clássicas, mudar o que já é e trazer o que pulsa no corpo. O corpo expressa o viver, a vida não é efêmera como um movimento, ela é constante pulsar. Devemos reler esse pulsar para entender a vida, mudar o movimento mecânico e fazer um movimento novo que se deixa afetar pela vida que esta diante nós, diante o comum e o anormal, diante o ver e não ver.

A alma é una ao corpo, um ser completo que se expressa por um mecanismo físico, uma consciência inconsciente que grita em gestos corriqueiros, afetando a vida ao redor sem deixar estagnar e criar couraças. Criamos couraças para expandirmos a vida do que não se viveu hoje, do que não se afetou Hoje.

Matar as expectativas de viver 100 anos apenas para projetar erros de estender afetações, vamos afetar a vida Hoje e sentir o agora! Sem precisar esperar chegar os 100 anos para viver o afeto de ontem.

Afetos podem ser tão intensos tornando-se sentimentos fortes, paixões, amores raivas, iras... Sentimentos vastos afetados por vidas cotidianas que parecem não fazerem sentido ao afetado, vidas que se esvaecem em uma manhã, mas que te afetam toda uma estação.

Afete-se expresse sua forma, sinta seu espaço subjetivo do físico e viva o seu afeto desconstruindo seu sentido e dando forma ao novo sentido, a nova afetação, porque ao afetar-se você afeta e ao afetar você cria forma em alguém com uma expressão um gesto uma palavra.

Afete-se e deixe-se afetar!

domingo, 7 de março de 2010

Diga não ao ato médico


Deparei-me essa semana com essa problemática, o PL do Ato médico. Dando uma rápida elucidação ao que diz respeito: esse projeto de lei pré-vê que os médicos terão pleno poder de diagnosticar doenças as quais eles não se propõe a tratar, das principais doenças que afligem a humanidade elas possuem múltiplos fatores causais, e cada profissional da saúde é treinado para identificar o efeito de alguns desses fatores. Portanto, o Estado não pode atribuir apenas ao médico a função do diagnóstico da doença.

O que o projeto pré-vê afeta não só os profissionais de saúde como também os usuários do sistema, sendo um empecilho no atendimento básico à saúde e em outros meios também.

A medicina é vista como uma função de alto poder e saber absoluto – conceito sócio-cultural errôneo -, é só nos depararmos com a forma que nos dirigimos aos médicos, delegando – erroneamente - o titulo de doutores, médicos enquanto médicos sem a formação acadêmica de doutorado é apenas um médico ser humano falho.

Esse projeto, a meu ver, entra como uma “ditadura aos processos de saúde”, hoje nosso sistema de saúde já é complicado conseguir uma consulta médica, imaginemos agora que em média o atendimento leve cinco minutos, o que um médico teria de capacidade para avaliar e diagnosticar em cinco minutos? O profissional médico tem uma cadeira de psicologia em sua estada na universidade enquanto acadêmico, com UMA cadeira de psicologia que tipo de diagnostico psicológico ele conseguiria realizar?

Para um profissional de medicina ter todas as competências ele precisaria de no mínimo 50 anos de estudo para dar uma diagnostico justo dentre as 13 profissões atingidas, e ao delegar ao médico todo esse papel privativo colocaríamos em risco a saúde de nossa população.

Vamos acabar com esse pensamento e endeusamento do profissional médico, são falhos como todos nós, são HUMANOS, como nós, não deixemos mais esse veto dos nossos direitos como cidadãos dignos, se hoje um médico já atende como atende rápido e mal diagnosticado – na área pública – imaginemos como será se esse projeto for aprovado.

Esse poder tão elitizado não pode vencer! Somos a maioria e se nosso pais é democrático temos de reivindicar nossos direitos, NÃO PODEMOS baixar a cabeça para essa elite, TEMOS de nos IMPOR como cidadãos livres de escolha, e não queremos apenas um profissional que não tem os requisitos mínimos de diagnosticar patologias abrangentes em varias áreas de conhecimento.

O ATO ATA, DIGAM NÃO AO ATO MÉDICO!

Mais informações no site www.atomediconao.com.br e para deixar o seu e-mail para o senador de sua região clique AQUI e faça com que ele(a) se intere do assunto.

Seja um cidadão que faz a diferença diga Não a esse ATO.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Os opostos se distraem

Essa gente não aprende não é?! Acabei de ler uma reportagem sobre um casal lésbico e um senhor, causarem um bafafá por conta de UM beijo!

Se quiserem acompanhar a reportagem segue AQUI.

O caso é de um senhor que vendo o casal aos beijos chama a polícia por presenciar um caso de pedofilia – uma de 17 e outra de 18 – ocorrido nesse sábado dia 20.

E se fosse um casal heterossexual? O senhora chamaria a policia constatando caso de pedofilia? Hmm eu acho que não, o delegado não caracterizou nem pedofilia e tão pouco homofobia – não seria um caso extremo há homofobia, mas sim é um caso de pré-julgamento – o senhor por ser morador do bairro Leblon, um bairro nobre do Rio e por assim constatar ter um nível cultural razoável, pré-julgou as meninas ou como a maioria do nosso povo acredita homossexualismo é pederastia, é pedofilia! Perae minha gente pedofilia não é sinônimo de homossexualidade! Pedofilia (definição no link) é uma desordem mental caracterizada por relações sexuais com crianças, e não um beijo lésbico, francamente esse senhor esta equivocado.

Bom o ponto aonde quero chegar é: as pessoas precisam conhecer a situação temos uma mania tão feia de PRÉ-julgar as coisas e as pessoas que torna-se feio para nos mesmos. Comecei um curso de psicologia e em meia as apresentações citei minha opção sexual, não percebi muito bem a reação do pessoal por que logicamente estava meio tenso , mas é enfim, eu entendo as pessoas que não queiram comentar sobre sua opção mas acho importante “dar a cara a tapa” pro pessoal começar a entender que não somos nem um bicho de sete cabeças, somos seres humanos iguais a tais, e muitas vezes tendo de ser melhores pra mostrar capacidade mas isso é um outro assunto que tratarei outro dia.

A sociedade precisa conhecer melhor como somos, e que sentimos igual eles, temos sentimentos por pessoas do mesmo gênero, não é uma questão unicamente sexual claro nossa característica é por nos atrairmos pelo mesmo sexo, mas também nós atraímos sentimentalmente, AMAMOS o nosso parceiro(a) temos relações conjugais e isso nos caracteriza homossexuais. Vamos mostrar quem somos e DES-estigmatizar essa idéia errônea de “seres pedófilos” ou “seres puramente sexuais”. Heterossexuais também transam! Assim como nós e só por que transam não são essencialmente caracterizados puramente sexuais, assim somos nós homossexuais, só por relacionarmos com o mesmo gênero não precisamos ser caracterizados “anômalos”, “pedófilos” entre outras coisas.

O que tento fazer é clarear a mente da nossa sociedade e assim verem com outros olhos nós que somos tão chatos quanto vocês, comemos, dormimos, transamos e fazemos todas as coisas chatas que heterossexuais fazem, e ainda temos um conflito interno e externo a enfrentar que não é fácil. E esses conflitos por nossa sociedade não entender que somos pura e simplesmente chatos como vocês heterossexuais.

Então dêem uma chance a nós para ver que não temos nada de diferente e sim de muito igual.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Shine on

Sempre aguardei o brilho fosco da paixão

Restringindo dentro de minha pele tudo que sou

Tudo que sinto, e vivo.

Segregando o néctar amargo da esperança crua,

Assim a vida se esvai em um buraco fino que não se vê o fundo

E meu raciocínio se emaranha como grades geladas.

Sou aquilo que as pessoas acham que sou, porque realmente quem sou

Não transparece nas entrelinhas dos pelos fartos.

Aguardo o ladrão de mascaras, para que eu sinta o calor do sol

Em minha face nua, em minha face limpa.

Terei assim contato com a minha verdade, vomitando o meu ego

E esquecendo a verdade alheia vestida como um número menor.

Quero levar o que sempre esperei: teu orgulho só meu.

Conexão.

Entre estrelas faiscantes esqueço do meu eu

E viajo no nada dos interstícios da alma humana.

No vácuo do universo encontro uma gota de esperança muda

Que timbre na batida do sentir.

Só saberei se a falha foi necessária quando no abismo eu cair

E encontrar a minha verdade, e ainda sim acreditar na minha verdade

Fazer eu ser a minha verdade, fazer ser a minha alma uma realidade.

Eu abortei o meu senso de moral e agora tenho um buraco no útero da minha consciência

Deixo vazio para uma nova fecundação neutra, pois no neutro esta a vida real

Comendo as bordas da sabedoria para um dia entender o tudo do ser completo

Ser o real é ser o irreal, saber o que se é, é tão in-substâncial quanto viver na realidade!

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Homossexulidade ou Homoafetividade?


Hoje antes de dormir li uma reportagem que falava sobre um jogador de rúgbi Gareth Thomas, ele assumiu sua homossexualidade ao público alegando querer encontrar um amor. Então até onde é homossexualidade e homoafetividade?

Creio que a diferença existe em homens que se assumem serem homens que AMAM outros homens, isso é ser homoafetivo! Não é o sexo ou o convívio de ambos os gêneros e sim o convívio de dois homens que se amam, isso é ser gay! A diferença que vejo é essa no Sentimento no Amor que um único gênero sente pelo mesmo. Eu não entendo quando as pessoas têm nojo ou sente repulso por dois homens ou duas mulheres juntos, por quê? São seres que se amam como outra pessoa qualquer! Uma vez li uma frase que dizia: “quando você hetero souber o que eu gay faço, ficara surpreso! É a mesma vida chata que a sua!”. Somos seres que amam, seres que nutrem sentimentos de afeto, somos acima de tudo Pessoas que tem Coragem! Coragem de assumir amar outra pessoa do mesmo gênero.

Hoje expressar os sentimentos é algo difícil mesmo entre pessoas heterossexuais, estigmatizam de Emo ou Bixa, enfim se você expressa seu sentimento você é estigmatizado. Então viver na condição de Homoafetivo é mais difícil ainda e exige uma coragem sobre-humana, pois ter de demonstrar o sentimento e ainda por alguém do mesmo sexo é na sociedade de hoje abominável! Por isso viver a homossexualidade é ser corajoso, é ser herói. Ser corajoso, enfrentar tudo e todos mostrando quem realmente você é mostrando seu real sentimento por alguém que tem o mesmo gênero que o seu. Afinal viver é sentir, é ter emoções e demonstrar seu afeto por alguém é viver.

A homossexualidade é mais um termo biológico creio eu, se seguirmos o sentido de ser heterossexual “apenas para procriar” (como a igreja crê) nós homossexuais existiríamos para dizimar a raça humana? Bom não sei, como sempre digo é uma idéia vomitada da minha cabeça mas, se heteros amam por que gays não podem amar? Por que ser gay ser homossexual é ser nojento, é ser feio é ser pecador? Todos pecam indiferente de orientação, onde quero chegar é que o ponto de partida não é o sexual e sim o afetivo, homens que Amam homens, mulheres que Amam mulheres, não é por amar alguém do próprio gênero que seremos seres “de outro planeta” temos ao longo dos anos mudar essa cultura enferrujada, e a começar por nós mesmos! Aprendemos que ser gay é ser algo errado e até nos libertarmos disso vai algum tempo. Quando eu me auto-assumi me senti Livre, livre de pensamentos, livre de preconceitos, simplesmente livre de tudo, mas eu estava enganado eu ainda tinha meus pudores, preconceitos e muitas ouras coisas, ao longo do tempo que me fui auto conhecendo, me auto questionando percebi o que realmente é ser homossexual que realmente somos seres que Simplesmente Amam e sofrem porque Amam outro igual! Jesus dizia amai-vos uns aos outros. E porque hoje nossa sociedade apedreja ao em vez de ao menos tentar entender que só amamos nosso semelhante.

Procurar um amor é algo que todos buscam a felicidade a dois, por que serem tão egoístas ao ponto de negar isso a nós? Apenas estamos buscando o mesmo que vocês a felicidade a dois, como o jogador de rúgbi disse sentir todos os tipos de emoções de lágrimas, a raiva e o desespero absoluto, e agora gostaria de sentir o Amor!

Hoje o que peço é apenas caridade, caridade de deixar o próximo ter uma chance de Amar como você ama sua esposa ou seu marido, o que peço é a chance de vocês mesmos verem que somos humanos e que Amamos também e queremos a chance de Amar!



*Imagem do Site Exterface

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Vamos falar de Sexo?


Espanto! A primeira impressão de quem ouve é de que a pessoa é promiscua, não tem respeito ou é suja. Suja? Então fato eu sou sujo, hoje não tenho pudores em falar de sexo, pois todos fazem, todos vêem desse ato tão estimulante.

Enfim, vamos falar de sexo? O que mais te atrai? O que mais te estimula? O que te faz sentir prazer? Sim transamos pra sentir prazer e não pra procriar, isso é conseqüência – e na maioria das vezes infeliz – do instinto. Mas porque estigmatizamos esse ato? São tantas as perguntas que não consigo tomar um rumo certo, mas o sexo é algo tão natural do ser humano, dos animais, que até os próprios animais transam por prazer! E isso é cientificamente comprovado havendo até casos de homossexualismo entre animais.

Bom baterei na velha tecla cansada, quem estigmatizou o sexo como pecado? Como o apocalipse nos diz a nossa bela e antiga PUTA. Que trouxe tantos outros estigmas socioculturais, deve ser algo pecaminoso por que é satisfação da carne, mas que mal tem em satisfazer-se? Se perguntares está fazendo apologia ao sexo? E por que não? É algo saudável se feito com responsabilidade!

Coisa mais mágica quando o adolescente se descobre com instintos e desejos sexuais, com atrações pelo sexo – oposto ou não – e nossos pais privam-nos disso, não ter pudor é algo feio e errado, se o corpo é bonito por que não mostrar? Hoje vemos pessoas nuas em revistas e internet achando ser feio ou “privado” é algo natural, e não é ver a imagem nua, mas o que encanta é o proibido o mistério a imaginação!

Sexo é algo tão bom, mesmo o solitário associado sempre à imaginação é algo prazeroso. E quando feito com carinho, com a pessoa que se ama ele fica melhor que café! Sim e o sexo feito por puro prazer? Ah esse é como uma taça de vinho tinto começa suave, logo esquenta e te leva em um estalo ao puro êxtase delirante!

Sou completamente a favor do sexo seguro e sem compromisso! Sexo tem de ser feito com respeito em primeiro lugar há si e ao parceiro (a). Então vamos transar?

Vamos ficar nus desses estigmas socioculturais sobre o sexo, usar e abusar dele com respeito e responsabilidade, viver o seu instinto com suavidade ou agressividade o que vale é viver a vida aproveitar o que se é bom, não ter vergonha de algo que gosta de algo que é NORMAL, não ter vergonha disso te LIBERTA e qual a coisa mais interessante para se falar se não for de sexo? Então, vamos falar de sexo?

Sou como o café, quanto mais forte e quente melhor sempre viciando quem o experimenta pela primeira vez. Assim sou eu forte e quente o sexo, o melhor drinque para se embriagar de prazer!